Home Extracampo Em carta, Adriano diz que morte do pai deixou “vazio irreparável”: “Pensei que fosse um pesadelo”

Em carta, Adriano diz que morte do pai deixou “vazio irreparável”: “Pensei que fosse um pesadelo”

Bruno Romão
Bruno Romão atua, como redator do Torcedores.com, na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Adriano precisou lidar com uma grande perda que acabou influenciando em seu desempenho dentro de campo

Em carta publicada no site da Inter de Milão, Adriano falou sobre a morte do seu pai. O trágico episódio ocorreu em 2004, e ele pensou estar vivendo um pesadelo. Dessa forma, o impacto pela notícia foi instantâneo, causando uma dor enorme no ex-jogador. Mesmo assim, ele citou que o apoio dos seus companheiros, e do antigo presidente da Inter de Milão, foi importante para encarar o momento de total tristeza.

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“Estava no ônibus com meus colegas de equipe e meu celular tocou: ‘Almir está morto’. Eu pensei que fosse um pesadelo. Eu esperava que fosse. Não posso descrever meu desespero naquele momento. Nunca senti uma dor tão insuportável na minha vida. Tudo o que senti foi uma angústia sufocante. Só eu sei o quanto sofri. A morte do meu pai deixou um vazio irreparável na minha vida”, declarou.

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“E ainda me lembro dos abraços dos meus companheiros. A Inter estava muito perto de mim em um dos momentos mais difíceis da minha vida. Moratti (ex-presidente) tem sido como um pai para mim. Não apenas ele, mas também Zanetti e as outras pessoas ao meu redor . Sou muito grato a todos, porque são coisas que eu carregarei para sempre”, completou.

Antes de brilhar no futebol, Adriano cresceu na Vila Cruzeiro. No futebol, ele enxergou uma forma de garantir uma boa vida para sua família, e recebeu o suporte para que o objetivo fosse cumprido.

“Se você mora em uma favela, não vê futuro, mas sempre tentei pensar um pouco mais, também graças ao futebol. É difícil nascer, crescer em uma favela e imaginar um futuro diferente e brilhante. Também é difícil sonhar. Mãe, pai, avós, no entanto, sempre me mostraram o lado positivo das coisas . Foram eles que fizeram a diferença na minha vida: eles me permitiram focar no futebol.O futebol me dava auto-estima, objetivos na vida, determinação e equilíbrio. Futebol é sinônimo de esperança e humanidade. Isso me permitiu viver uma vida que eu nunca poderia ter tido com outra profissão”, contou.

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Além disso, em sua passagem na Itália, o brasileiro ganhou o apelido de “Imperador”. De início, houve uma certa estranheza por esse tipo de associação, mas a alcunha acabou virando uma marca, mesmo após o fim da sua carreira.

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“No começo, não achei que eles gostassem de mim quando me chamaram assim (Imperador). E foi bom descobrir gradualmente o carinho dos torcedores da Inter por mim.Sempre me senti em casa em Milão: meu amor pela Inter é para sempre. A Inter é uma grande parte de mim, está entrelaçada com a minha vida, iluminando os momentos mais bonitos e me acompanhando pelos mais tristes e difíceis”, recordou.

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