Treinador relembrou alguns detalhes da conquista, como uma discussão com Evair
Em entrevista publicada no Facebook do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo fez algumas revelações interessantes sobre a conquista do Campeonato Paulista de 1993, vencido sobre o rival Corinthians.
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Entre as revelações, o treinador do Verdão contou que Evair chegou a brigar com ele por causa da titularidade no primeiro jogo da final, que foi vencido pelo rival por 1 a 0. Na ocasião, o jogador estava voltando de lesão. Na partida de volta, quando o Palmeiras venceu por 4 a 0, ele marcou duas vezes e concretizou o título.
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No fim da partida, o treinador disse que ficou irritado com a postura da torcida do Corinthians e mandou eles irem embora.
“Faltavam dois minutos para terminar a prorrogação. O Corinthians já tinha perdido o campeonato, não tinha como fazer nada, tinha dois ou três jogadores a menos. A torcida do Corinthians começou a tirar a camisa e cantar. Fui ficando p… com aquilo. Que negócio é esse?! Está perdendo o jogo, pô! Levantei e falei: “Vão embora para casa, já ganhamos”. Mandei os torcedores do Corinthians embora para casa. Foi um negócio meio cômico”, disse.
Ele ainda citou a provocação de Viola, que após marcar o gol da partida de ida comemorou imitando um porco.
“O Viola sempre foi irreverente. Peguei e provoquei os meus jogadores: “o cara sacaneando a gente, como é que pode um negócio desse, o nosso torcedor está totalmente chateado com isso. Na época, era vanguarda. Mandei criar um vídeo, de 17 minutos, e passei, em Atibaia, mostrando a história do Palmeiras, quanto o clube tinha de conquista, o Corinthians, o jogo, por que nós perdemos, o Viola imitando o porco. Tive que controlar um pouco o ímpeto na chegada ao estádio, no ônibus. Por azar nosso, ou sorte, o ônibus do Corinthians chegou junto com o do Palmeiras. Aí, o Neto, ou não sei qual jogador do Corinthians, fez sinal para os nossos. Mas já pedi calma, falando que, lá dentro (do campo), iríamos resolver. Um negócio do futebol da época”, contou ele.
“Todos os 16 anos (sem títulos do clube) vieram naquela derrota. Ainda não tinha acontecido de levarem um time para fora de São Paulo para treinar, mas levei, porque era necessário. Se ficássemos, o jogador iria em supermercado, shopping, e teria toda hora alguma coisa na orelha”, emendou Luxemburgo. “Eu queria conversar com os jogadores, mostrar que aconteceu aquela derrota e a equipe do Corinthians era muito boa, mas tínhamos mais jogadores de mais qualidade do que o Corinthians naquele momento e poderíamos superar. E que, como eu já tinha dito antes, o campeonato não se decidiria no primeiro jogo, mas no segundo”.
“O Evair estava doido para jogar o primeiro jogo. Até brigou comigo, falou que estava bem, e eu falei: ‘não, rapaz, você vai para o outro jogo, que resolve’. O Evair era um atleta, a lesão estava curada, mas eu não queria que ele fizesse um tipo de treinamento e reincidisse. Ele não fez absolutamente nada, só correu. Demos o prazo de recuperação da lesão e ele jogou 120 minutos. Depois, o colocamos no freezer, para recuperar”, concluiu o treinador.
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