Com um toque sutil, Romarinho deixou um legado que jamais se apagará no Corinthians
Em 2012, o Timão encarou um território hostil na primeira partida da final da Libertadores. Em campo, o Boca Juniors teve um caldeirão ao seu favor e abriu o placar na partida. Porém, o time argentino não contava que o clube paulista tinha um “amuleto” entre os reservas, que entraria na partida e mudaria a história do duelo.
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Em entrevista a “Corinthians TV”, Romarinho relembrou um dos momentos mais marcantes da sua carreira. Antes de entrar em campo, o goleiro Julio César ”previu” que ele balançaria as redes. Após ser chamado por Tite, ele acabou sendo surpreendido por ter substituído Danilo. Além disso, o atacante recordou a jogada que terminou com a torcida corintiana explodindo.
“Foi legal o clima da galera, Douglas, Danilo, Sheik, Paulinho… O Julio César falou pra mim: ‘você vai entrar nesse jogo e vai fazer o gol’ no dia do jogo. E eu achei que não ia entrar quando a gente estava aquecendo. Aí eu lembro que o Tite me chamou, ai eu já olhei pra ele: ‘eu mesmo?’. Ele fez que sim, bravo, nervoso por causa do jogo que tava um a zero para o Boca. Eu fui correndo e ele falou ‘você vai entrar no lugar do Danilo’. Normal, né? Mas a cabeça de jogador: você vai tirar o Danilo? Um dos jogadores principais da equipe, experiente. Eu pensei ‘caramba, que responsabilidade entrar no lugar dele’… Mas eu entrei, falei um negócio com o Sheik, deu uma mudada no jogo, fui pra beirada. O Sheik estava na beirada, depois centralizou mais, junto com o Liédson. Depois, uma bola com o Paulinho… Eu lembro que eu corri na lateral e fiz o ‘facão’. Paulinho tocou no Sheik e ele deu pra mim. Na hora eu falei: ‘ou eu chuto forte, ou eu dou a cavadinha’. Eu vi o goleiro caindo e tive a felicidade de fazer o gol. Eu lembro que a arquibancada de cima explodiu. Foi loucura, loucura mesmo. E vai ficar marcado na história, do Corinthians e na minha”, declarou.
Romarinho também recordou o clima no vestiário. Como a jogada foi decisiva para o título da Libertadores, ele recebe o carinho e é festejado até hoje pela cavadinha histórica.
“Talvez a gente ganhasse, mas como time da Argentina é ‘catimbeiro’, a gente não sabe o que ia acontecer. Mas o empate aconteceu, todo mundo se divertindo, brincando e eu falei ‘já fomos campeões’. Liédson olhou pra mim, não sei se foi ele ou o Douglas: ‘ele nem sabe o que ele fez’, porque eu tava quietinho no canto. tinha acabado de chegar também, não caiu a ficha ainda que em qualquer lugar que eu vou, eu sou reconhecido. Em qualquer lugar o torcedor corintiano fala desse gol”, completou.
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