Home Futebol Sucessor de português no Avaí e ex-Galo, Rodrigo Santana contesta estrangeiros no Brasil: “São fases, tudo passa”

Sucessor de português no Avaí e ex-Galo, Rodrigo Santana contesta estrangeiros no Brasil: “São fases, tudo passa”

Atualmente no time de Santa Catarina, o comandante opinou sobre o trabalho gringos no Brasil e falou sobre o impacto do futebol europeu no treinador brasileiro

Rafael Alves
Jornalista formado em 2022 pela Universidade Cruzeiro do Sul. Produtor de conteúdo para internet desde 2017, iniciou no Torcedores em 2018 e cobriu uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas. Atua também nas áreas de Fórmula 1 e Valorant.

Atualmente no time de Santa Catarina, o comandante opinou sobre o trabalho gringos no Brasil e falou sobre o impacto do futebol europeu no treinador brasileiro

A última temporada aumentou os elogios a trabalhos de treinadores estrangeiros no futebol brasileiro. Com o português Jorge Jesus sendo campeão do Brasileirão e da Copa Libertadores em 2019 e o argentino Jorge Sampaoli se tornando o vice-campeão nacional com o Santos, os gringos passaram a ser o foco dos clubes nacionais neste começo de ano.

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O Avaí, por exemplo, foi uma das equipes a apostar em nomes de fora no comando em 2020. O time catarinense trouxe o português Augusto Inácio, até então desconhecido no Brasil. Porém, com apenas sete rodadas no comando do clube, foi demitido por não ter feito um bom trabalho inicialmente.

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Para o seu lugar, o clube optou por contratar o brasileiro Rodrigo Santana. O ex-treinador do Atlético Mineiro, em entrevista exclusiva ao Torcedores, opinou sobre os gringos que estão tendo sucesso no Brasil recentemente. “São fases, tudo isso passa”, comentou o técnico.

“Em 2015 ou 2016, tiveram muitos estrangeiros treinando por aqui também. Mas isso rapidamente passa. Os resultados não vão chegando. Essa troca é comum. “A gente sabe que a rotatividade por aqui é grande, tanto com treinadores experientes e jovens, com gringos Precisamos estar sempre preparados para se manter no cargo”, opinou Rodrigo Santana.

“Nós somos muito competentes. Precisamos estudar mais uma segunda, terceira língua, para ter um mercado mais forte fora do país. A grande maioria dos treinadores que vêm aqui e conseguem dominar a língua com facilidade. Nós nos preocupamos muito pouco em falar outras línguas.””

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O sucesso de Jorge Jesus no Brasil ainda chegou a ser minimizado entre os torcedores por causa do poderio do elenco do Flamengo. Com grandes contratações na temporada, o time, que já era superior em 2019, ficou ainda melhor neste ano. Para Rodrigo Santana, o clube consegue conciliar a qualidade do treinador com um elenco estrelado.

“Tem o melhor elenco disparado e, pode ter certeza, que une o útil ao agradável. É um grande treinador com os melhores do Brasil. Muito difícil ter os três artilheiros do campeonato brasileiro na mesma equipe. Não é só méritos do treinador, mas do elenco e da diretoria. Não só por contratar os melhores, mas pagar em dia. Isso favorece o treinador para que seja desenvolvido o melhor trabalho”, disse.

O que o brasileiro pode trazer do futebol europeu, segundo Rodrigo Santana?

O jovem profissional faz parte de uma safra de treinadores promissores que chegaram a se destacar na elite do Campeonato Brasileiro nos últimos anos. Geralmente com uma ideia de jogo diferente dos mais experientes no Brasil, o comandante do Avaí falou sobre a influência do futebol europeu nas suas partidas.

“Na Europa é outra realidade. O que a gente tira é a organização tática. Dificilmente nós conseguiremos fazer a intensidade de lá porque o clima é diferente. Aqui é muito calor, não dá para manter a intensidade que eles mantém lá, aqui no Brasil. Mas o que mais a gente tira de ideia é que os jogadores cumpram o que for pedido e tenha essa disciplina tática. Os jogadores são muito comprometidos taticamente e isso contribui muito para o trabalho do treinador”, comentou Rodrigo Santana.

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“São culturas diferentes. Aqui, os jogadores são mais habilidosos, têm mais a jogada individual, mas, às vezes, não têm tanta disposição quando não ficam com a bola. O que cobro dos meus atletas é contribuir quando o time não tem a posse. Fica isso que a gente pega deles na Europa.”

Uma das grandes questões levantadas quando se analisa os treinadores da elite do futebol mundial é a qualidade do elenco estrelado de times como Real Madrid, Manchester City, Paris Saint-Germain, entre outros. Um desses casos é o de Pep Guardiola, que brilhou com Messi e Barcelona, mas, vira-e-mexe, um torcedor pede para o espanhol vir para o Brasil e treinar um time da segunda divisão como teste de sucesso.

De acordo com Rodrigo Santana, o mais difícil é se manter na elite do futebol mundial. “Para chegar nesse nível, tem que ser muito bom. Provar que é bom. Não é só chegar lá, é se manter também. Precisa se estabelecer no mercado. Só que é evidente que precisa ter um elenco. Não adianta ser um bom profissional se suas máquinas não correspondem às suas ideias dentro do jogo. Esses treinadores chegam a esse nível por ter jogadores à altura”, afirmou.

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