Atualmente jogando no futebol turco, atacante revelado pelo Santos fala sobre a carreira em depoimentos ao site espanhol “Marca”
No último fim de semana de julho de 2005, Real Madrid, da Espanha, e Santos finalmente chegaram a um denominador comum e anunciaram o fim de uma longa negociação envolvendo o atacante Robinho, então com 21 anos de idade, que iniciaria sua trajetória pelo futebol europeu.
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Segundo divulgou na época o Santos, em acordo “amigável” o time da Vila Belmiro receberia US$ 30 milhões referentes aos 60% dos direitos que tinha sobre o jovem atleta e o clube espanhol passaria então a ter quatro brasileiros em seu elenco: Robinho, Julio Baptista, Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno, além do técnico Vanderlei Luxemburgo. Nesta sexta (3), o site do jornal espanhol “Marca” destacou algumas “confissões” feitas por Robinho sobre momentos de sua carreira, dentro e fora de campo.
Atualmente com 36 anos e jogando pelo Istanbul Basaksehir, da Turquia, o atacante também atuou por Manchester City (ING), Milan (ITA), Guangzhou Evergrande (CHI), Atlético-MG e Sivasspor (TUR), alem de mais duas passagens pelo Santos e 102 jogos com a seleção brasileira. Ao “Marca” ele comentou, por exemplo, a respeito de seu relacionamento com Zlatan Ibrahimovic e David Beckham.
“Zlatan costumava dizer que convenceu o Milan a assinar comigo e dizia: ‘Você está aqui por mim’. Ele é arrogante? Sim, mas de um jeito bom. É apenas confiança e confiança no seu talento. Para mim, ele é tudo o que um atacante deve ser: um showman e um vencedor”, comentou Robinho ao site sobre o veterano jogador sueco.
Em relação a Beckham, o jogador brasileiro diz que os espanhóis do Real Madrid ficavam “enciumados” pelo seu convívio maior com os brasileiros: “Beckham estava sempre com os brasileiros. Ele fazia parte do nosso grupo. Na verdade, os espanhóis estavam com ciúmes porque ele falava mais português do que espanhol, então ele passou mais tempo conosco”.
Revelado pelo Santos, Robinho chegou a ser comparado com Pelé quando despontou no futebol e sabe que, por conta disso, havia a expectativa de que ele pudesse conquistar a Bola de Ouro como melhor jogador do mundo. Mas ele afirmou ao “Marca”: “Eu sei que algumas pessoas esperavam que eu ganhasse o Ballon d’Or. Quando Pelé fala sobre você, as pessoas ouvem. Eles fizeram essas comparações, mas não há novo Pelé, nem agora nem nunca”.
Quando anunciou a contratação de Robinho, o Real Madrid afirmou que o “comportamento” do jogador durante a negociação foi “imprescindível” para o desfecho do negócio. Segundo seus dirigentes, o atleta “impôs sua vontade” de atuar pelos merengues e recusou propostas feitas por outros clubes da Europa.
“Quando o Real Madrid veio atrás de mim, eu vi que havia um grande grupo de brasileiros no elenco e o treinador era o Vanderlei Luxemburgo. Por que eu iria para o Barcelona?“, assegura Robinho, que permaneceu no Santiago Bernabéu até 2008, quando se transferiu para o Manchster City, da Inglaterra. Pelo time de Madrid, disputou 137 partidas e marcou 35 gols, mais 27 assistências. O desempenho não foi ruim, porém o atacante não deixou saudades para a torcida.
“Não me arrependo de deixar Madrid. Mas lamento ter acabado errado com eles quando saí. O Real Madrid foi o clube que me abriu as portas e me ofereceu a oportunidade de conquistar a Europa (…) Meu objetivo era ir para o Chelsea, o (Luiz Felipe) Scolari me disse que eu faria diferença para ele na equipe. Mas o Real Madrid não gostou do Chelsea vendendo camisas com meu nome antes que o acordo fosse feito”, confessou Robinho ao “Marca”.
O atacante entrou em campo 53 vezes vestindo a camisa do Manchester City (ING) e anotou 16 gols, até retornar ao Santos por empréstimo na temporada de 2010, onde foi campeão paulista e da Copa do Brasil.
“Gostei de Manchester, do clube, dos restaurantes… mas não vamos esquecer as discotecas (…) Eu gostava de me divertir. Mas os ingleses saíam mais do que os brasileiros… Joe Hart estava sempre fora, Micah Richards e Shaun Wright-Phillips também. Mas quando eram os brasileiros, sempre nos pegavam”, disse o “Rei das Pedaladas”, como é chamado pelos santistas. E completa ao site:
“Fui campeão em todos os times que joguei, exceto no Manchester City. Se me arrependo de algo, é por não ter dado um título ao City, que é a única coisa que me deixa um pouco triste”.