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Futebol argentino não tem data para retorno e pode suspender rebaixamentos

Presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) destaca que prioridade no momento é salvar vidas no país

Por Vinícius Dominichelli em 23/04/2020 12:41 - Atualizado há 3 anos

AFA/ reprodução/ Twitter

Presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) destaca que prioridade no momento é salvar vidas no país

Os torcedores argentinos não têm data para voltar a ver seus times em campo. Paralisado há mais de um mês por conta da pandemia do coronavírus, o futebol local evita estipular prazo para que as atividades voltem ao normal.

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Em entrevista ao canal TYC Sports, o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapa, destacou que a prioridade no momento é salvar vidas e não planejar a retomada dos campeonatos.

“Me parece que trabalhamos muito bem e pensamos em alternativas para o futuro. Mas seria aventureiro e irresponsável dizer que medidas tomaremos, se não soubermos em que dia voltaremos ou em que condições. Não esqueçamos que o futebol não é apenas futebolista”.

Segundo o dirigente, a entidade não descarta até mesmo a possibilidade de suspender os rebaixamentos no Campeonato Argentino por dois anos. “Talvez tenhamos que deixar algumas questões esportivas [de lado]. A realidade é que não podemos cometer irresponsabilidades. Devemos ter previsibilidade econômica para o futuro. Talvez os líderes digam para não jogar com diminuições [rebaixamentos]. Não sabemos. Eles estão trabalhando. Pode ser uma alternativa”.

A AFA tem analisado constantemente relatórios enviados pelos clubes. A situação econômica dos times argentinos já era delicada muito antes da crise do coronavírus – o país vive graves problemas financeiros desde 2001.

“Estamos pedindo aos líderes uma avaliação específica de cada clube. Estamos recebendo relatórios. Primeiro pensamos na saúde das famílias. Todas as instituições têm cumprido, cada uma, da melhor forma possível com seu papel social. O que está claro é que as instituições não recebem recursos além dos da televisão e, se levarmos em conta que a situação econômica havia piorado alguns anos atrás, o problema é maior: contratos foram assinados em outro momento”, comentou Tapia. “Não podemos fazer futurologia. É preocupante. Mas precisamos ter a maturidade necessária para quando as decisões são tomadas e se estão corretas”.

Quem reforçou o discurso do dirigente foi o Ministro da Saúde, Ginés González García. Em entrevista ao canal TN nesta quarta-feira, deixou claro que as autoridades evitam estipular qualquer data.

“Existem planos para alguns clubes treinarem em grupos, mas não todos. Não estamos nem perto do retorno do futebol, mas também é verdade que, para um jogador profissional, é muito difícil aguentar tanto tempo. Vamos falar sobre isso com Lammens [ministro do Turismo e Esportes da Argentina]”.

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