Ex-ministro teve a sua demissão oficializada na última quinta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro
A questão do isolamento social no Brasil em razão da pandemia do coronavírus tem sido assunto de muita discussão. Divergindo em alguns aspectos do governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, acabou sendo demitido na tarde de ontem (16). Infectado e curado do coronavírus, o ex-treinador Renê Simões teceu críticas ásperas ao antigo responsável pela pasta.
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Segundo Renê Simões, as informações passadas pelo ex-ministro não batiam em nenhum momento, principalmente no que se diz respeito ao “pico” – período estimado por Mandetta para que a doença atingisse o seu quadro mais grave de infecções no país.
“Escuto há um mês o Mandetta, ministro da Saúde, falando que na próxima semana será o caos no país. Mas não chega nunca isso. Estou esperando. Agora já começam a falar em junho ou julho”, afirmou o ex-treinador, citando também a questão financeira que pode impactar a população mais carente, devido ao desemprego.
“Eu tenho uma rede de seis restaurantes. Tenho mais de 200 funcionários. São pessoas que tem dependentes, que tem necessidades. Elas não terem dinheiro gera um impacto financeiro grande. Como elas ficam? – questionou, acrescentando:
“Terminaram os outros problemas de saúde? O crime acabou? As milícias? O tráfico? Falavam que seria uma simples gripe no início e agora os mesmos estão fazendo terrorismo (…) Estão fazendo esse caos e projetando o pior, mas isso nunca chega nunca. Estou vendo um problema muito maior depois, que é a falta de trabalho, de dinheiro, a fome”.
Na mesma linha do que o presidente Jair Bolsonaro disse em um pronunciamento recente, Renê apontou que pessoas com histórico atlético apresentam uma maior resistência ao coronavírus.
“Algum atleta pegou coronavírus e baixou no hospital? Não. Nenhum baixou. Não baixaram porque são saudáveis. Eu peguei e agora tenho anticorpos. Se eu pegar de novo, o vírus é que morre”, concluiu o ex-treinador.
Para o lugar de Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro escolheu o oncologista Nelson Teich, que assumiu a pasta nesta sexta-feira (17), em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Ex-ministro havia assumido o cargo no início do ano.