Preparador físico do Grêmio explica trabalho durante a paralisação
Curto período de preparação no início da temporada foi motivos de críticas por parte do gremista
Curto período de preparação no início da temporada foi motivos de críticas por parte do gremista
Com as paralisações por conta do coronavírus o trabalho dos preparadores físicos está ainda mais em evidência. Os profissionais trabalham à distância e buscam auxiliar os atletas na manutenção da forma física para que possam estar mais próximo possível da condição ideal quando as competições retornarem. Em entrevista à Rádio GreNal nesta terça-feira, Márcio Meira, preparador físico do Grêmio explicou um pouco o processo.
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“Passo semanalmente o planejamento. Eles já estão na terceira semana. Estou passando o planejamento como já faria no clube, mas para eles fazerem em suas casas. Dou alternativas para todos dias eles fazerem alguma coisa”, inicio Márcio Meira.
“A manutenção deles é da parte básica, da pré-temporada. Isso é igual para todos. Os mais velhos tem até uma condição aeróbia melhor, porque treinam isso há mais tempo.”
“É igual a um carro. Se tenho um de Fórmula 1, posso cobrar que vá a 300 km/h. Se tenho um fusquinha, não posso cobrar que ele vá a 300, mas a 80. É como eles, uns tem força, outros tem resistência, se faz uma divisão”, explicou.
Márcio tratou também de minimizar os efeitos da paralisação em relação ao corpo dos atletas. Mesmo afirmando que os mesmos perderiam condicionamento, o preparador físico garantiu que não é difícil recuperar essa condição.
“Eles estavam na parte básica, entrando no período competitivo. Eles vão perder, mas ao mesmo não é difícil de recuperar. Eles vão recuperar jogando, e isso não é só o Grêmio”, disse.
Críticas ao tempo para desenvolver o trabalho de preparação física também foram feitas pelo profissional, que relembrou a pausa para a Copa América de 2019, que deu a ele e aos demais profissionais 20 dias para recuperar os jogadores, fato que é raro.
“No mínimo umas 2 semanas. O ano já começa errado. O Grêmio começou dia 9 de janeiro, e já jogou dia 22. O Grêmio se preparou 10 dias para jogar o ano inteiro. Isso não existe”, iniciou Márcio.
“Se eles já nos dão 10 dias de pré-temporada, imagina quantos dias vão nos dar agora que tem pressa?”, prosseguiu, dessa vez falando sobre o quanto o atraso de competições como a Libertadores e o Campeonato Gaúcho podem influenciar diretamente no tempo de preparação no retorno pós-paralisação.
“Preparador físico nunca é pesquisado, consultado e perguntado sobre o que é bom. A gente tem que se virar. E é importante, porque o time que não corre vai ter um grande prejuízo.”
Período raro em 2019
“Em 2019 teve a parada da Copa América, foram 20 dias para recuperar os jogadores e preparar melhor os times. Normalmente não temos este tempo”, concluiu o preparador físico do Grêmio.
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