Home Futebol Por que a Copa das Confederações foi criada e por que deixou de existir?

Por que a Copa das Confederações foi criada e por que deixou de existir?

Brasil é o maior campeão do torneio que teve sua última edição em 2017

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Brasil é o maior campeão do torneio que teve sua última edição em 2017

A Copa das Confederações ficou conhecida mundialmente por ser o evento teste para os países que sediariam a Copa do Mundo no ano seguinte ao torneio, mas sua criação não foi exatamente para este fim.

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A Globo transmitirá neste domingo (19) uma partida marcante da história da competição, que apesar de ser uma goleada do Brasil sobre a Argentina, mostra um pano de fundo do por que a Copa das Confederações acabou de vez.

O torneio nasceu embrionário em 1985, mas essa edição jamais contou como título. Isso porque a FIFA queria repetir o modelo de clubes, que disputavam anualmente o Mundial, em seleções campeões da Eurocopa e da Copa América.

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A primeira edição foi uma partida entre França, campeã europeia em 1984, e Uruguai, campeão da Copa América de 1983. O jogo foi em Paris, em 1985, e terminou com título dos franceses.

Para internacionalizar o torneio, a FIFA pensou em um jeito melhor de organizar e criou a Copa das Confederações, que teve sua primeira edição em 1992, na Arábia Saudita, ainda sem a ideia inicial de reunir os campeões, mas já contando como título. A Argentina venceu os donos da casa na final, mas o torneio contou ainda com Estados Unidos e Costa do Marfim.

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A ideia de reunir os campeões veio apenas em 1995, também na Arábia Saudita, mas sem o representante da Oceania, quando a Dinamarca, campeã europeia em 1992, venceu a Argentina, campeã sul-americana de 1993.

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A FIFA então decidiu realizar o torneio de dois em dois anos, repetindo a fórmula em 1997, quando o Brasil conquistou seu primeiro título, e em 1999, com o título do México.

Apenas em 2001 a ideia de tornar a Copa das Confederações como um evento teste para a Copa do Mundo do ano seguinte veio à tona e Coréia e Japão sediaram a competição, que ainda teve uma edição fora da ideia, em 2003, na França, e em 2005 passou a ser realizada de quatro em quatro anos apenas nos países que seriariam o Mundial.

O início do fim
A edição de 2005 foi uma das mais poderosas, já que contou com seleções como Brasil, Argentina e Alemanha, mas um problema que poucos imaginavam apareceu. Todas elas foram com equipes mistas para o torneio, já que os atletas ficariam sem o período de férias por dois anos seguidos, já que a Copa do Mundo seria no ano seguinte.

O Brasil venceu e o título entrou para a história como o início do quadrado mágico, mas a Copa das Confederações se tornou símbolo de azar, já que nunca um time campeão do torneio foi campeão do mundo no ano seguinte.

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As edições de 2009 e 2013, também vencidas pelo Brasil, ficaram marcadas por aqui pelas conquistas, mas tem pouco valor internacional, o que ficou melhor explicado em 2017, quando o time reserva da Alemanha venceu o Chile e levou a taça.

A FIFA, a partir dali, reconheceu o enfraquecimento da Copa das Confederações e decidiu encerrar os trabalhos da competição, que não existe mais e deve ser substituída pelo novo formado do Mundial de Clubes.

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