Ex-dirigente relembra reconstrução do Flamengo, ressalta “mágoa zero” com o clube e nega contato do Palmeiras
Campeão da Libertadores e do Brasileirão em 2019, Paulo Pelaipe trabalhou com o clube em 2013 e 2014 e se vê na história rubro-negra
Presente no mandato de Bandeira de Mello no Flamengo, o diretor Paulo Pelaipe fez parte da reconstrução do clube rubro-negro em 2013 e retornou ao time na temporada passada. Com os títulos da Libertadores, do Estadual e do Brasileirão, o dirigente se vê como parte da história da equipe pelo sucesso em 2019 e começo de 2020.
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Em contato com a reportagem do Torcedores, Pelaipe ressaltou a sua passagem pelo clube desde o começo da nova era na direção até o retorno em dezembro de 2018, com Rodolfo Landim. “O Marcos Braz me contratou sabendo da minha capacidade, do meu histórico. Pra mim, isso foi importantíssimo e eu me dediquei. Dei toda a minha lealdade a tudo o que poderia fazer”, disse.
O ex-dirigente do Flamengo deixou os comentários negativos sobre o seu retorno de lado e afirmou que, com o seu trabalho, conseguiu entrar para a história do clube. “Recebi muitas críticas quando voltei, mas foram de profissionais que gostariam de trabalhar no meu lugar. A gente sabe que essas pessoas que ocupam o microfone, mas o trabalho calou os críticos”, comentou. “Fiquei mais feliz ainda porque entrei para a história do clube. Ajudei com o meu trabalho a entrar na história.”
“Não podemos esquecer que eu fiz parte da reconstrução. Os anos mais difíceis eu passei no Flamengo, em 2013 e 2014. Com orçamento reduzido, praticamente de 30% de 2012, o Carioca, conquistamos a Taça Guanabara e a Copa do Brasil”, ressaltou Paulo Pelaipe.
Mágoa “zero” com o Flamengo e boatos de ida ao Palmeiras
Elogiado por torcedores, o dirigente, que hoje está no comando do São Caetano, ressaltou que não tem mágoas em sua saída do Flamengo. Pelaipe tinha um acordo para renovar no começo do ano, mas acabou ficando fora dos planos da equipe na virada para 2020.
“Não existe nenhuma mágoa do Clube de Regatas do Flamengo. Zero. O clube é da torcida”, disse. “Algumas pessoas que poderiam agir de outra maneira, elas passam. O clube fica e a torcida fantástica é eterna. Só tenho que agradecer à torcida, à diretoria de futebol, atletas, funcionários exemplares. Um quadro da melhor qualidade. Só tenho agradecimentos. Minha vida sempre foi focada para olhar para frente e é isso que eu faço”, completou o ex-dirigente do Flamengo.
Porém, antes de sua saída do time do Rio de Janeiro, Paulo Pelaipe esteve na lista do Palmeiras para assumir o lugar de Alexandre Mattos. O dirigente nega que tenha conversado com o clube, mas reconhece o tamanho da equipe paulista e se sente orgulhoso com o interesse.
“Eu nunca fui procurado pela diretoria do Palmeiras. Meu nome saiu na imprensa, mas ninguém da diretoria me procurou. Tinha sondagens, boatos, mas efetivamente ninguém falou comigo. Mas eu fiquei feliz por ser lembrado. Estar na lista com grandes profissionais que foram cogitados. Isso aí é motivo de orgulho. A gente que é profissional sabe da importância de deixar as portas abertas”, disse.
Futuro do futebol após a pandemia do coronavírus
Dirigente do São Caetano, Pelaipe vê o futuro do futebol com muita indecisão. Com possibilidade de clubes falirem e outros terem grandes dificuldades finaceira, ele prefere escolher com calma os próximos passos, seguindo o que a Confederação Brasileira de Futebol e a Federação Paulista falarem.
“É o momento de grande expectativa, pois ainda existe uma indecisão no cenário brasileiro. Qualquer manifestação neste momento pode ser intempestivo ou temerário. É importante aguardar a decisão da CBF e da FPF para tomar as próximas decisões”, comentou.
“O futebol mundial vai sofrer uma grande adequação no mercado à essa realidade que está nos apresentando. Os próprios clubes da Europa já começaram a repensar o seus departamento de futebol. Acredito que, no futebol brasileiro, não vai fugir à regra. Vamos ter novos tempos para que haja o enfrentamento dessa crise”, concluiu Pelaipe.
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