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Ex-capitão do Grêmio, Sandro Goiano contou bastidores da carreira em entrevista à Rádio Pachola
Sandro Goiano era o capitão do Paysandu em um jogo que para os paraenses tinha pouco valor, mas para os colorados determinava a vida na Série A. Em novembro de 2002, o Inter conseguiu vencer o Papão fora de casa por 2×0, teve a ajuda de resultados paralelos e evitou a provável queda à Série B. O que aconteceu nos bastidores daquela partida, que até hoje causa boatos e rumores?
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Em entrevista à Rádio Pachola, formada por torcedores do Grêmio – clube pelo qual se tornaria capitão e ídolo entre 2005 e 2007 -, Sandro deu a sua versão dos fatos e negou ter existido qualquer tipo de “mala preta” por parte do Inter. Ele lembrou que aquele polêmico jogo até “melou” a sua transferência para o próprio clube do Beira-Rio no ano seguinte, em 2003.
“Essa história é mal contada. O presidente do Paysandu ficou tão louco na época, que não deixou eu ir pro Inter. O Muricy queria me levar. O presidente falou que me liberaria pra qualquer clube, menos para o Inter. De tão bravo que ficou por aquele jogo. Eu era o capitão. Posso falar até onde eu sei. No vestiário, o nosso presidente ofereceu um baita de um bicho pela vitória. Alguns, uns três ou quatro nossos, pediram pra não jogar, estavam de sangue doce. Já tínhamos escapado do rebaixamento. Se teve alguém que vendeu, eu tenho certeza que eu não fazia parte. Até porque o bicho oferecido pra nós era ainda maior que os dos outros jogos. Eles ganharam e deram certo em outros resultados paralelos, foi isso”, explicou o volante.
Em 2008, “80% do RS ficou feliz”, diz Sandro Goiano
Após a marcante passagem pelo Grêmio, o volante vestiu a camisa do Sport e voltou a ter o Inter pela frente nas quartas de final da Copa do Brasil de 2008. A vitória de 3×1 na Ilha do Retiro, classificando o clube à semi, é considerada “marcante” em sua carreira.
Ele lembra que o técnico do Leão na época, Nelsinho Baptista, trocou a habitual palestra pré-jogo por um áudio de uma rádio do Rio Grande do Sul menosprezando o time pernambucano.
“Aquele jogo foi muito marcante pra mim. Perdemos de 1×0 no campo deles e viemos jogar a volta. O Nelsinho não fez palestra. Botou uma rádio gaúcha dizendo assim do nosso time: “O Magrão está velho, Luisinho Netto não sei o quê, o Durval é lento, o Sandro Goiano foi mandado embora do Grêmio…”. Aquilo nos deu uma energia. Fizemos 3×1. Tenho certeza que 80% do Rio Grande do Sul ficou feliz”, brincou.
No Grêmio, Sandro Goiano esteve em campo na vitória emblemática de 1×0 sobre o Náutico em 2005, na lendária Batalha dos Aflitos, que recolocou o clube na elite. E fez parte da campanha do vice-campeonato da Libertadores de 2007.
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