Será que você acerta o placar Apostar na Betnacional PUBLICIDADE

Home Futebol Johan Cruyff: pai do estilo barcelonista e do futebol moderno

Johan Cruyff: pai do estilo barcelonista e do futebol moderno

Holandês tornou-se uma lenda como jogador e pautou as bases para estilo de jogo atual do Barcelona

Por Luca Cecchini em 24/04/2020 22:50 - Atualizado há 10 meses

Facebook/ Johan Cruyff

Holandês tornou-se uma lenda como jogador e pautou as bases para estilo de jogo atual do Barcelona

“Johan Cruyff construiu a catedral. Nosso trabalho é manter isso e renová-lo”. Assim o treinador mais vitorioso da história do Barcelona, Pep Guardiola, resumiu o legado de Hendrick Johannes Cruyff, que completaria 73 anos neste sábado (25), no clube catalão.

Marcar uma época ao ponto de ser colocado como um dos melhores da história do esporte é uma tarefa que poucos jogadores conseguem. Dentre esses, ainda menos conseguem ter sucesso após aposentar suas chuteiras, sendo como treinador ou dirigente. Este é o caso de Johan Cruyff.

Como jogador, foi peça central do lendário time holandês da Copa do Mundo de 1974, o chamado Carrossel Holandês, foi ídolo no Ajax e tornou-se uma lenda no Barcelona.

Logo na sua primeira temporada pelo Barça, em 1973, ao ser envolvido na compra mais cara da história do futebol até então (entorno de dois milhões de euros), foi o principal jogador do time que conquistou o campeonato nacional após um jejum de 13 anos. Na Espanha, Cruyff foi muito mais do que futebol. Era voz ativa na oposição ao regime ditatorial de Francisco Franco, e uma figura importante na afirmação da identidade catalã frente ao governo de Madrid.

Já como treinador, sua influência é ainda maior. Colocado por muitos como o inventor do futebol de moderno, o estilo de jogo do Barcelona pode ser dividido entre pré e pós-Cruyff. Toda essa influência se traduz em sua longevidade a frente do futebol do clube. Até hoje, em termos de jogos, é treinador que mais comandou a equipe com 430 partidas.

Filosofia de Jogo

“Sem a bola não tem como vencer. Se a bola é nossa, eles não tem como marcar” – Johan Cruyff

Nos últimos 10 anos, o time azul e grená acumulou taças e recordes desempenhando um futebol baseado na posse de bola e muitas trocas de passes. Pep Guardiola é o técnico mais destacável desse período, e não faz nenhuma questão de esconder seu apreço pelo jogo idealizado por Cruyff. Ele se considera um de seus pupilos.

Treinadores antecessores a esse período também tentaram aproveitar-se do esquema desenhado pelo holandês, como é o caso de Louis Van Gaal e Frank Rijkaard.

O estilo de Cruyff pautado no distanciamento dos jogadores para utilizar toda a extensão do campo, a intensa troca de passes para favorecer o ataque em blocos e a constante pressão para a retomada da bola são as bases de seu jogo e do Barcelona atual.

O time comandado por Johan Cruyff que deixou essa filosofia mais nítida foi o “Dream Team” de 1994, cuja principais estrelas eram o brasileiro Romário, o húngaro Stoichkov e o espanhol Josep Guardiola. Este último era considerado pelo treinador como sua extensão dentro de campo

Legado

O estilo de jogo desenvolvido do final da década de 1980 até o final da década seguinte se tornaram a identidade consolidada do time catalão. Mais do que isso, esse fundamentos são a base do que é tido como o que há de mais moderno na estratégia do jogo de futebol.

Até os dias atuais, a bem sucedida categoria de base do Barça é norteada por esses princípios em todas as etapas de desenvolvimento dos jovens jogadores. Estes, são acostumados desde cedo ao estilo de jogo, para que quando estiverem aptos para o time profissional, tenham maior facilidade em se encaixar no time. O maior exemplo disso é o caso Lionel Messi, que passou a ter um desempenho cada vez melhor sob a tutela de Guardiola em 2008.

Para deixar ainda mais clara a influência de Johan Cruyff, o atual estádio onde o Barcelona B manda seus jogos foi nomeado em sua homenagem. Além disso, há uma estátua no Camp Nou, estádio da equipe principal, que retrata seus tempos de atleta.

Leia Mais

Cruyff e Romário: duas personalidades fortes e muitos atritos

Exit mobile version