Gilberto Silva avalia presença de atletas do futebol nacional na Seleção: “Há uma lacuna entre o nível europeu e o do Brasil”
Seleção brasileira vem dando preferência aos jogadores que atuam no Velho Continente
Seleção brasileira vem dando preferência aos jogadores que atuam no Velho Continente
Presente no título do penta, em 2002, Gilberto Silva possui credenciais para avaliar o atual momento da equipe dirigida por Tite. Em entrevista à revista “France Football”, o ex-volante falou sobre as diferenças entre o futebol brasileiro e o europeu. Atualmente, a maior parte dos convocados pelo treinador vem de fora do país, já que o nível das competições praticadas no exterior são mais elevadas.
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“Às vezes há uma desvantagem, porque a maioria dos jogadores que jogam hoje na seleção jogam nos maiores campeonatos do mundo. La Liga, Premier League, Serie A … Muitas vezes há uma lacuna muito grande entre o nível europeu e o do Brasil. Mas enquanto os jogadores merecerem, não importa onde estejam ou onde joguem”, declarou.
Além disso, Gilberto Silva falou sobre a pressão em atuar pelo Brasil. Para ele, e preciso saber lidar com as críticas, já que se trata de uma camisa extremamente pesada.
“Há um pouco de pressão, feita pela história do país e tudo o que a Seleção fez no passado. Isso coloca todos sob pressão, pois é esperado que o Brasil esteja sempre no melhor nível. É imutável. Jogar pela seleção é sentir a pressão. Mas o que é essencial, acima de tudo, é manter um nível de desenvolvimento perpétuo. Seja em termos de nossos jovens talentos ou de nossa competitividade. O jogador brasileiro tem habilidades naturais, porque cresceu jogando futebol na rua e em várias superfícies do terreno. Mas é importante que as instituições tenham em mente o desenvolvimento do futebol no Brasil”, completou.
Além disso, o antigo volante do Arsenal avaliou a geração atual do futebol brasileiro. Sendo assim, frisou-se que talento não falta para Tite utilizar dentro de campo.
“Temos jogadores muito bons, com certeza. Mas você ainda precisa crescer para poder se colocar em grandes competições internacionais. Está longe de ser óbvio, necessariamente. E como eu disse, toda vez que um brasileiro joga uma competição, vai além da estrutura simples do jogo: há um lado emocional, um coração e muitas responsabilidades nos ombros. Você tem que ter orgulho de representar o país. E todos devem colocar seu coração em cada jogo (…) É muito difícil dizer o que está faltando. Para muitas pessoas, a avaliação do sucesso é feita através do prisma de vitórias e troféus. Não é justo olhar apenas para os vencedores dos últimos anos. Muitas boas equipes nunca ganharam nada importante, mas tiveram jogadores fantásticos e um jogo magnífico. A avaliação, portanto, permanece muito individual no sucesso ou não. O tempo lhes dará a oportunidade”, analisou.
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