Locutor esportivo também falou sobre o bordão “é tetra!” falado após o atacante italiano Roberto Baggio chutar pra fora o pênalti que consolidou o tetracampeonato mundial da seleção brasileira
A final da Copa do Mundo 1994 entre Brasil e Itália será reprisada neste domingo (26), a partir das 15h45, na TV Globo. O programa vai ter a narração original de Galvão Bueno, além dos comentários do ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho e do ex-jogador Pelé.
“Fazer qualquer coisa ao lado do Pelé, em se tratando de futebol, é o máximo que pode existir. Estar com ele naquele momento foi especial. Lembro que ele estava torcendo muito. Eram 24 anos sem ganhar uma Copa”, inicia Galvão Bueno.
“Toda vez que algum jogador nosso chutava no gol, ele chutava junto, por baixo da nossa bancada de trabalho. Por várias vezes acertou minha canela esquerda”, recorda.
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Galvão também falou sobre as reações assim que o atacante italiano Roberto Baggio cobrou um pênalti pra fora e consolidou o tetracampeonato mundial para o time canarinho.
“Aquele abraço com ele e com o Arnaldo (Cezar Coelho) rodou o mundo inteiro. Eu digo sempre para o Arnaldo que pegamos uma carona com o Pelé. Porque a geradora oficial das imagens não estava lá para mostrar o Galvão gritando e nem o Arnaldo derrubando meus óculos. Foi por causa do Pelé comemorando a conquista do tetra”, declara.
Bordão “saiu na hora”
A final da Copa do Mundo 1994 marcou um dos bordões da carreira de Galvão. Assim que Brasil x Itália terminou, ele vibrou com o resultado: “é tetra! É tetra!”.
“Saiu na hora. Nunca nenhum bordão meu veio preparado. Aquilo ali foi a comemoração de um gol. Representou um gol para o Brasil quando o Baggio errou aquele pênalti e decidiu o título para o nosso lado”, explica.
“E a Itália também buscava o tetracampeonato naquela final. Passei a usar o “acabou” depois, e o “tetra” virou meme muito antes dessa febre das redes sociais. Acho que foi um dos primeiros memes de que se tem notícia. Tenho muito orgulho disso. O “tetra” virou, na realidade, uma expressão de comemoração. Até hoje as pessoas usam isso”, conclui Galvão.
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Título veio pouco tempo após a morte de Ayrton Senna – “Existia mesmo uma relação do Ayrton Senna com aquele jogo. Eu o convidei para um amistoso do Brasil contra o Paris Saint-Germain, um pouco antes do acidente dele na Itália. Ele foi me encontrar, fomos juntos para o estádio e ele foi ao vestiário, conversou com os jogadores. Fizeram praticamente um trato, de trazer dois tetras para o Brasil naquele ano. Depois ele deu o pontapé inicial da partida e foi muito aplaudido pelos franceses. Lembro que estava com um certo receio, por ser a terra do Alain Prost, o maior rival que ele teve na Fórmula 1. Foi muito bonita a atitude dos jogadores de levarem aquela faixa em homenagem a ele, algo muito emocionante. Não que eu estivesse pensando nisso antes do jogo, mas no final me veio um filme de tudo o que havia acontecido em Paris”.
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