Felipão lembrou que teve ajuda de Jorge Jesus quando comandada a seleção portuguesa e destacou que sempre foi bem recebido nos países que trabalhou
Sem clube desde a demissão do Palmeiras, em setembro do ano passado, Luiz Felipe Scolari participou do programa Expediente Futebol, do Fox Sports, ao ser questionado sobre a possibilidade da seleção brasileira ser comandada por um treinador estrangeiro, o comandante do penta deixou claro que não se opõe a ideia e fez questão de elogiar o trabalho do português Jorge Jesus no comando do Flamengo.
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“Técnico bom e com qualidade não tem nacionalidade. Se o Jorge Jesus for escolhido para ser o técnico da seleção brasileira, ele será com muito trabalho e com muita dedicação como ele fez e faz nos seus clubes lá em Portugal e faz aqui no Flamengo. Eu acho que o técnico bom pode trabalhar em qualquer parte do mundo. Eu, pelo menos, trabalhei em sete países e sempre fui muito bem recebido. Eu espero que meus colegas, se tiveram alguma pequena rusga ou manifestação diferente com os técnicos estrangeiros, que deixem de lado, porque nós brasileiros, quando saímos, somos muito bem recebidos em qualquer parte do mundo. Nós deveríamos dar como exemplo também a receptividade a essa situação. E todos os técnicos, independente da nacionalidade, sendo bom, tem lugar em qualquer lugar e ambiente”, avaliou Felipão.
Sobre Jorge Jesus, Felipão relembrou a ajuda que recebeu do português quando comandava a seleção de Portugal. “Eu penso que o Jesus fez um trabalho (no Flamengo) baseado no que fazia em Portugal. Nas equipes em que trabalhava, sempre foi cooperativo. Quando eu trabalhava na seleção (portuguesa), e em determinado momento eu tinha um jogador trabalhando na Rússia, que seria convocado, mas que estava deixado de lado pelo seu clube, fui ao Belenenses-POR e pedi ao Jesus que o treinasse junto com os jogadores que ele tinha lá, para que me ajudasse em relação à seleção e foi solícito.”
“ O Jesus colocou a nós, técnicos do Brasil, que tem uma qualidade no brasileiro ou em qualquer treinador que tenha esse bom relacionamento com os atletas. Soube trabalhar com os atletas do Flamengo, soube montar a equipe como queria e, outro detalhe, os jogadores o entenderam, aceitaram aquela ideia buscando uma afirmação de todos. Foi o que levou ao Flamengo a campeão do Brasileiro, Libertadores e fazer todos aqueles jogos muito bem. Foi organizado pelo Jorge e posto em prática pelos jogadores. Empregou os seus métodos, que não são diferentes dos métodos de alguns técnicos brasileiros, mas empregou de uma forma tal que surtiu um efeito que ninguém esperava. Ajudou a todos nós técnicos que procurássemos entender de que forma ele tem trabalhado para colocar em prática no futuro”, completou Felipão.
RETORNO AO TRABALHO:
— Estamos recebendo uma ou outra comunicação, sim, mas neste momento é um pouco estranha essa comunicação porque sempre se refere a uma participação daqui a um determinado tempo ou quando abrir o campeonato, quando abrirem as possibilidades de jogos sem interrupção nenhuma em virtude do coronavírus, e a gente vai protelando essa situação.
— Para que dentro de um, dois, três meses, essa situação fique mais tranquila e a gente possa voltar ao futebol. E se preparando para voltar ao futebol de uma forma um pouco diferente, de uma forma que não temos mais uma comunicação direta como tínhamos, que era pegar o jogador pelo braço, ajeitá-lo para fazer isso ou aquilo, falar ao pé do ouvido, uma série de detalhes que os técnicos vão ter que modificar.
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