Crise por coronavírus pode tirar Ferrari da Fórmula 1
Escuderia avalia se afastar da competição por conta das reduções no teto de gastos das equipes
A Fórmula 1 pode sofrer uma grande baixa nos próximos meses. A categoria tem discutido a redução do orçamento por conta da crise imposta pelo coronavírus Covid-19, que já cancelou diversos treinos e corridas. E a Ferrari, pela primeira vez na história, pode se afastar da competição caso novas reduções ocorram no teto de gastos das equipes.
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“Estamos cientes que a Fórmula 1 e todo o mundo vivem um período difícil por causa da pandemia de covid-19. Mas não é o momento de reagir na pressa, correndo risco de tomar decisões em caráter de emergência sem avaliar friamente todas as consequências”, disse o engenheiro e chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, em entrevista ao jornal The Guardian.
Em 2019, quando o mundo nem imaginava que uma crise sanitária atingisse praticamente todos os países, as equipes acordaram que o limite no orçamento para o ano que vem seria de 175 milhões de dólares (cerca de R$ 945 milhões na cotação atual).
Na semana passada, no entanto, dirigentes da F1 e da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) já começaram a discutir a redução para 145 milhões de dólares e abaixar mais ainda, em 2022, para 130 milhões.
Não houve consenso sobre esses valores, mas a própria Ferrari já admitiu que a escuderia italiana pode abandonar a Fórmula 1 caso os valores mais baixos sejam impostos às equipes. A Ferrari é a única escuderia a competir em todas as temporadas da F1 desde o primeiro campeonato, em 1950.
Binotto ressaltou ao The Guardian que a Ferrari não dispensou nenhum funcionário, mesmo com a crise do coronavírus. “Não podemos nos esquecer que as equipes desempenham também um papel social importante. Não estamos neste negócio apenas pelo lucro”.