Santo André lidera Paulistão 2020 com 19 pontos e tem planejamento paralisado por conta da pandemia do novo coronavírus; atletas, que possuem contrato até abril, não sabem se vínculo será renovado e aguardam definição da FPF para definirem próximos passos
Com 19 pontos e dono da melhor campanha geral do Paulistão 2020, o Santo André é o grande destaque da competição até aqui. Porém, toda essa campanha está ameaçada por conta da paralisação do futebol brasileiro para controle da pandemia global do novo coronavírus. O motivo? Os contratos dos jogadores, comissão técnica e até diretoria terminam neste mês.
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O clube, assim como outros do interior que disputam o Campeonato Paulista, não sabe ainda o que fazer. A FPF (Federação Paulista de Futebol) se reúne com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com constância para buscar soluções para a sequência dos Estaduais. Para o gerente de futebol do Ramalhão, Edgard Montemor Filho, o time defende a sequência da competição, desde que não hajam condições de desfavorecimento.
“O Santo André aguarda parecer da Federação Paulista de Futebol quanto ao retorno ou não da competição. Desde o início, a nossa posição é por terminar (concluir) o campeonato, não defendemos o fim da competição. O Santo André defende que o Paulistão retorne, desde de uma maneira e prazo que seja possível o Santo André possa participar dela”, afirma Edgard ao Torcedores.
“Atualmente não temos uma posição concreta do que vai acontecer. Se a competição retorna ou não, se ela retornar, quando vai acontecer. Os esforços são de tentar terminar os Estaduais desde que a gente respeite o problema de saúde pública em que o País se encontra”, complementa o gerente de futebol, que entende o atual panorama da saúde pública quanto à gravidade da Covid-19.
Planejamento paralisado e estádio como hospital de campanha
Sem uma definição vindo da entidade máxima do futebol paulista, o planejamento do Santo André está parado, tornando-se inviável qualquer tipo de conversa sobre renovação de contrato com o elenco. Edgard reconhece que uma posição oficial da federação não deve sair tão cedo, visto que o estádio onde a equipe manda seus jogos, o Bruno José Daniel, transformou-se em um hospital de campanha contra o novo coronavírus.
“É complicado o Santo André falar em renovação dos atletas visto que a gente não tem um panorama objetivo do que vai acontecer, então é impossível sentar e conversar com os atletas sobre renovação, pois não sabemos o prazo que seria essa prorrogação, quando que o campeonato seria retomado. as conversas estão paradas, o planejamento não está acontecendo”, conta.
“O fato de estar sendo construído um hospital de campanha hoje no Bruno José Daniel é mais um fator que demonstra que a competição demore um pouco mais para retomar. A reação nossa em relação ao uso do estádio é que a medida extremamente válida. Hoje o que é mais importante é a vida das pessoas, a gente se conscientizar que precisa ficar em casa e cumprir a quarentena orientada pelo Ministério da Saúde, evitar aglomerações, e a prefeitura, dentro de seu papel, criar mais leitos para cuidar de possíveis casos de contaminação. É uma ótima ideia e a coisa mais importante a ser feita, mesmo”, completa o dirigente ramalhino.
O Brunão é pertencente à Prefeitura de Santo André, que construiu no local, onde os jogadores normalmente são os protagonistas, um hospital provisório de campanha para receber pacientes da Covid-19, que serão cuidados por outros protagonistas: os médicos e os enfermeiros. O clube em nenhum momento contestou a decisão e cedeu facilmente o palco de suas partidas para um bem maior.
Paulistão: como o Santo André mantém a forma
Edgard Montemor Filho explicou como que o elenco trabalha durante a pandemia. “Todo mundo em casa. Jogadores, comissão técnica, todos os setores da economia não-essenciais vivem esse momento de incerteza, com toda razão. os Jogadores treinam em casa e seguindo o protocolo de atividades passado pela comissão técnica”, explica o cartola do Santo André.
“Claro que há preocupação e incertezas ao futuro do futebol paulista e também brasileiro, em relação a contratos, que terminam em abril. Mas isso foge do nosso controle, o jeito é aguardar”, finaliza Edgard, que, assim como toda a agremiação, apenas espera o desfecho dos encontros entre FPF e CBF para discussão do futuro do futebol brasileiro, seja no âmbito estadual, ou no nacional.
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