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Chocolate na Páscoa: saiba como manter o equilíbrio neste período de Páscoa

Por Vinicius Fernandes Ribeiro em 08/04/2020 08:00 - Atualizado há 3 anos

Nessa quarentena, os tradicionais ovos de páscoa devem ser consumidos com moderação e de preferência com mais quantidade de cacau do que açúcar

O chocolate rico em cacau traz benefícios, mas se consumido em excesso ou com pouca quantidade de cacau pode fazer mal. Os mais comuns e consumidos são o branco, ao leite e meio amargo ou amargo. Porém o mais nutritivo é sempre aquele que tem mais cacau. O branco, ao leite e com castanhas, frutas e cremes devem ser evitados, consumidos esporadicamente. Quanto mais macio ou pastoso, mais gorduroso será o doce. As calorias são praticamente as mesmas em todos os tipos, cerca de 130 calorias para 30g (três quadradinhos de uma barra de 180g) de chocolate.

Quem é diabético também pode aproveitar os chocolates diets. Os celíacos e aqueles que tem intolerância à lactose contam com os produtos feitos com alfarroba. Estes produtos são nutritivos e isentos de lactose, glúten e açúcar. Tem o gosto e aroma semelhante ao chocolate e já pode ser encontrado nos supermercados.

Em entrevista ao site Nutritotal, a nutricionista Mariane Marques, dá recomendações de como manter uma alimentação saudável e equilibrada durante a páscoa.

1. Como os pacientes devem se preparar para esta época do ano em que a oferta de chocolates é tentadora?

Para esta época, as dicas básicas para não sair com peso na consciência são:
– Manter uma alimentação saudável e equilibrada (consumir refeições leves, ricas em vegetais e proteínas magras)..
– Quanto a escolha do chocolate: se não for pelo chocolate meio-amargo/amargo ou com 70% de cacau, que pelo menos seja um ao leite simples. Os recheios tendem a deixar o chocolate ainda mais calórico. Optar por versões mais simples e não as trufadas ou recheadas.
– Evitar o consumo do chocolate branco, pois esse não possui cacau em sua composição, sendo feito com manteiga do cacau, açúcar e adicionada gorduras hidrogenadas, tornando-se uma das opções mais calóricas e que não traz benefícios ao organismo.
– Não consumir o ovo de páscoa em um único dia (controlar a quantidade diária), e caso receber muitos ovos de presente, dividi-los com os amigos e família.

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2. Qual é a recomendação para o consumo do chocolate?

O ideal é consumir por volta de no máximo 30 gramas por dia (equivalente a 3 a 4 quadradinhos da barra comum).

3. Chocolates DIET e ZERO são opções mais saudáveis?

Não. Os chocolates dietéticos são recomendados para quem tem diabetes, devido a exclusão do açúcar como ingrediente. Não são considerados opções mais saudáveis, pois para seu sabor permanecer equivalente ao normal é adicionado mais gordura. Dessa forma, a quantidade de calorias dos chocolates dietéticos pode ser igual ou superior ao chocolate normal.

Os chocolates ZERO geralmente não têm um nutriente específico na sua fórmula, podendo ser: açúcar, gordura ou lactose. É importante sempre verificar o rótulo. Esses chocolates são específicos para dietas especiais. Pacientes que apresentam intolerância a lactose, por exemplo, podem consumir um chocolate “zero lactose”.

4. Chocolates LIGHT tem teor de calorias reduzido, isso permite o consumo maior?

Sim. Os chocolates light têm como característica a redução de pelo menos 25% no valor energético total do produto ou de algum ingrediente, quando comparado ao chocolate normal. Os fabricantes diminuem a quantidade de algum nutriente energético, que pode ser o açúcar ou a gordura, por exemplo. É importante consultar o rótulo para saber exatamente qual foi o nutriente energético que foi reduzido e em qual porcentagem.

5. Com tantas opções de chocolates disponíveis nessa época do ano, qual é o mais recomendado?

As opções mais recomendadas de chocolates são aqueles com mais de 70% de cacau. Além de possuir uma quantidade menor de açúcar, devido a quantidade concentrada de cacau (que promove maior saciedade), tem funções antioxidantes que são importantes ao organismo, como a presença de polifenóis e flavonoides que contribuem para circulação sanguínea, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, além de promover a liberação de endorfina que traz a sensação de bem-estar.

6. O chocolate amargo é mais saudável pois contém maior quantidade de cacau e menor quantidade de açúcar e gorduras. Por isso, seu consumo é liberado?

Não. O consumo excessivo de chocolate amargo propicia o ganho de peso, causa aumento significativo nos níveis de colesterol, triglicerídeos e aumenta o risco para diabetes. Além disso, o excesso de chocolate pode causar dor de cabeça, pois possui aminas vasoativas que podem provocar a dilatação das veias cerebrais, e também, pode aumentar a propensão a cálculos renais porque o alimento é rico em oxalato.

7. Além das opções de chocolates ricos em cacau, há alguma outra opção mais saudável?

O cacau também pode ser substituído por outro ingrediente de sabor semelhante: a alfarroba. Trata-se de uma vagem cuja polpa é torrada e moída e serve como base para uma massa parecida com a do chocolate. A alfarroba tem mais fibras, boas quantidades de vitaminas e minerais e, quando comparado com o chocolate, tem menos açúcar e menos gordura. O açúcar natural dessa vagem é maior do que o açúcar presente no cacau, o que dispensa a inclusão de adoçantes na fabricação. O produto também não contém glúten, nem ingredientes de origem animal, como leite.

8. Crianças podem consumir chocolates sem contraindicações?

Não. O consumo de chocolates não é recomendado para crianças menores de dois anos. A partir dessa idade, o consumo diário não deve ultrapassar o equivalente a um tablete pequeno. É importante que os pais evitem o consumo precoce de chocolate para as crianças, por ser potencialmente alergênico e calórico.

9. A recomendação do tipo de chocolate para crianças é a mesma dos adultos?

Sim. Vale para as crianças as mesmas orientações dadas para os adultos: dar preferência aos chocolates com mais cacau e sem recheios. As papilas da língua de uma criança pequena são puras, não têm nenhuma alteração viciosa de paladar. No caso de serem estimuladas para o consumo de alimentos muito doces, a criança poderá acostumar e com o passar do tempo poderá recusar alimentos que não sejam tão doces.


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