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Bolsonaro, Dilma, Collor e Vargas: o “histórico de atleta” dos presidentes do Brasil

Esse texto está longe de convocar algum presidenciável para competições esportivas sérias, de alto rendimento, mas traz a pergunta que muita gente se fez na última semana….Afinal, qual o “histórico de atleta” de alguns presidentes do Brasil?

Por Aira Bonfim em 04/04/2020 07:33 - Atualizado há 5 anos

Esse texto está longe de convocar algum presidenciável para competições esportivas sérias, de alto rendimento, mas traz a pergunta que muita gente se fez na última semana….Afinal, qual o “histórico de atleta” de alguns presidentes do Brasil?

O texto não pretende atender a toooooodos os presidentes, mas um Top 4 . Na verdade, fiquei com vontade de escrever uma continuação, assim posso fazer outra coluna temática de futebol para incluir o Lula, o João Café Filho e outras homenagens boleiras que envolvem presidentes e o mundo da bola.

Por enquanto seguimos com esses quatro!

“pelo meu histórico de atleta”...

O tema “esporte” surgiu após a declaração do atual Presidente Jair Bolsonaro durante o pronunciamento em rede nacional na noite desta terça-feira, 24/03 (aliás… WHAT ???). Na ocasião, apesar das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o perigo de contágio e morte por COVID19 dos mais jovens, o presidente brasileiro, além de criticar as medidas restritivas impostas pelos estados e municípios, lançou a seguinte pérola:

“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria, ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha, ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão”

Vale lembrar que a declaração, além de ir na contra-mão dos procedimentos adotados por TODOS os países em fase de contágio, ocorreu no mesmo dia em que do outro lado do mundo, COI e políticos do Japão, cancelavam ineditamente a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no ano de 2020.

(e o Bolsonaro nem para pegar um timing das notícias e aliviar o Brasil nas zoeiras dos debates esportivos…)

Pois, bem, a evidência científica confirma que atleta ou não, as pessoas se contagiam do coronavirus, ficam doentes e até morrem. Você pode ter pago uma plano privado highlux de saúde a vida toda e nem mesmo nesse caso,  haverá garantias de sua salvação nessa pandemia.

Ricos, podres, medalhistas, presidentes, ministros, eu, e qualquer outro ser humano está apto para ser contagiados, e pior do que isso, pode também virar um agente transmissor da doença.

Entre os “super humanos atletas” que vivem verdadeiramente do esporte de alto rendimento (lembrando que alto rendimento não é saúde…), exemplos como dos basqueteiros da NBA como Rudy Gobert e Donovan Mitchell, ambos do Utah Jazz, Christian Wood, do Detroit Pistons, e atletas de Boston Celtics, Los Angeles Lakers, Philadelphia 76ers e Denver Nuggets estão todos de molho e quarentenados depois de testes positivos para o COVID19.

1) Bolsonaro, o atleta do pentatlo militar

Acervo particular Família Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro se formou em Educação Física pelo Exército em 1983, e em 1988 abandonou a reserva militar para se dedicar a vida política depois de eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, o histórico de atleta trata-se de período anterior a 1988, há mais 32 anos atrás.

De acordo com a matéria de Vinicius Sassine publicada na revista Época de 19/11/2018, Bolsonaro havia conquistado o 3º lugar no pentatlo militar em 1976, aos 21 anos, enquanto estudava na Acadêmia Militar das Agulhas Negras.

A toque de curiosidade, esse pentatlo não é exatamente igual a modalidade mais popular que já conhecemos… tema algumas diferenças interessantes. O pentatlo militar é composto pelas provas de tiro, pista de pentatlo militar, natação utilitária, lançamento de granada (!!!!amei!!!) e corrida cross-country.

Ainda assim, Bolsonaro continua vulnerável e recentemente esteve na comitiva que trouxe vários infectados dos EUA para Brasília (corona importado….que pandemia chic). Também fez o desserviço de cumprimentar mais de centenas de pessoas nos últimos dias, comprometendo as recomendações e literalmente “se fudendo” com quem possa se contagiar daqui pra frente…

O histórico de atletas dos ex-presidentes

2) Dilma Rouseff, a ciclista

Divulgação EPA

Em 2015 a ex-Dilma Rousseff aderiu a um novo estilo de vida que incluiu além de uma dieta, a adesão à atividades físicas. Naquele ano, além de caminhadas, Dilma foi flagrada algumas vezes pedalando nas proximidades do Palácio do Alvorada.

De capacete e luvinha, a primeira presidente mulher do Brasil teve até um episódio noticiado pela imprensa ao parar os exercícios e acompanhar o socorro de um outro ciclista de Brasília acidentado ao desviar de um cachorro na pista.

O hobbie matinal da época também rendeu hostilizações verbais à ex-presidente. Além dos xingamentos e gritos de “fora Dilma” vindos de outros ciclistas (que deselegância meu povo…), em uma certa ocasião colocaram um boneco inflável do Lula pedalando nas mesmas pistas.

3) Fernando Collor de Mello, karatê, natação e cooper

Acervo Agência Brasil

Fernando Collor de Mello, candidato à presidência da república do Brasil em 1989 teve o esporte atrelado a sua imagem política, inclusive, se fosse para alguém de salvar do COVID19 em razão de um “histórico como atleta”, de acordo com as revistas da época,  certamente seria o Collor na década de 90…

De família rica, com forte influência política e econômica, principalmente no estado de Alagoas (local onde Collor foi prefeito de Maceió, e governador de 1987 a 1989), não nos surpreende a informação de que ele foi inclusive presidente do clube de futebol do CSA (apesar de confessar ser um jogador medíocre).

Caracterizado na época como jovem, moderno, galã e campeão, Collor teve uma imagem construída sob o reflexo antagônico de seu rival, o ex-operário e oponente político, Luis Inácio Lula da Silva, o Lula.

A campanha eleitoral de 1989 explorou ao máximo os cuidados com a forma física do presidenciável ao publicar fotos de Collor nadando em casa e fazendo cooper no Lago Sul, em Brasília.

Divulgação

Na mesma época, imagens do político na juventude em trajes do karatê (faixa preta!) foram vinculadas e usadas como metáforas de um certo rigor corporal, disciplina e força para o futuro presidente. Pena que não deu muito certo…

4) Getulio Vargas, o atleta do golf

Acervo O Cruzeiro

O presidente Getúlio Vargas, durante a década de 40, era uma figurinha carimbada nos eventos esportivos cariocas, local de diversão e muita adulação. Entre algumas modalidades em que essa figura política se fazia presente, observa-se recorrentemente aparições nas corridas de hipismo e nos certames de bola ao cesto, o basquete

Curiosamente, naquela época, os bastek-ballers e os footballers disputaram campeonatos intitulados: ‘Taça Getúlio Vargas (muitas vezes oferecida pelo próprio presidente).  Além das muitas homenagens e festivais em nome de Getúlio, houve também uma pista de corrida de cavalo no Itanhangá Golg Club chamada “presidente Getúlio Vargas”.

Mas inclusive no clube do Itanhangá, na Barra da Tijuca, o que o Getulião gostava mesmo de praticar era o golf!! Sim… o golf.

O “esporte” da elite contou com a presença e inúmeros registros do presidente também no Gávea Golf Club, também no Rio de Janeiro. De acordo com os jornais da época, o golfe se adaptava as qualidades do governante ao requerer “perícia, mão firme, golpe de vista e vigor physico”

Acervo O Malho

Será que teremos mais históricos de atletas contados nessa coluna de quarentena esportiva?

Aguardem…

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