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Aira Bonfim: Mulheres do esporte mostram como é possível “se jogar” no Instagram na quarentena

Continuamos no desafio da quarentena que nos propõe, entre tantas coisas, reorganizar o nosso consumo de conteúdo esportivo em todas as plataformas disponíveis e possibilidades possíveis.

Por Aira Bonfim em 18/04/2020 07:12 - Atualizado há 3 anos

Reprodução

Continuamos no desafio da quarentena que nos propõe, entre tantas coisas, reorganizar o nosso consumo de conteúdo esportivo em todas as plataformas disponíveis e possibilidades possíveis.

A internet, nesses tempos, se consagra como um verdadeiro “lugar”, que apesar de invisível e impalpável, e se mostra imprescindível e acalentadora de encontros e acessos à informações e conteúdos variados, e por essa razão, não menos esportivos.

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Se não podemos nos encontrar para jogar, ouvir uma palestra, uma entrevista, uma apresentação ainda são possíveis! De maneira coletiva, pudemos em pouco tempo adaptar nossas rotinas e passamos a procurar e conhecer conteúdos relacionados ao universo das práticas esportivas que melhor nos apetecem em tempos de contatos físicos desaconselhados.

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Diferente do mercado masculino do futebol, mulheres atletas, amadoras ou profissionais, precisam nessa época, assim como em qualquer outra, redobrar os cuidados com a saúde, a segurança, o bem-estar e com a manutenção de seus trabalhos.

Assim como todos os trabalhadores do mundo, mulheres do esporte estão atentas às medidas e condições financeiras ofertadas por clubes, empresas, instituições e competições. E apesar de isoladas, precisamos estar atentas e fortes porque a luta é diária e desafiadora.

A internet, mais uma vez, se mostrou como uma janela dessa etapa de sobrevivência.

Instagram: uma janela da alma boleira feminina

Pessoas, projetos e instituições esportivas que costumávamos seguir em plataformas como o Instagram, nos surpreenderam nesse último mês com encontros em lives, vídeos, brincadeiras, debates, desafios que transformaram o futebol, ou o tema esportivo em geral, em um mar de mil e umas possibilidades (práticas e teóricas) durante o confinamento!

Ouvir um astro do esporte, uma preparadora física ou jornalista foi algo bem recorrente nas lives inauguradas por todo o mundo.

Não só passamos a acompanhar essas oportunidades medidas no limite de 1 hora máxima oferecida pela ferramenta do Instagram, como passamos a acessar a casa, a intimidade e os segredinhos de alguns ambientes dos ‘conhecidos-desconhecidos’. Afinal, nem todas as relações virtuais foram completamente mediadas por assessores de imagem em tempos de Covide19.

Outro dia mesmo fui uma das convidadas da live proposta pela pesquisadora Fernanda Dias do Deixa Ela Treinar. Ainda desabituada ao sistema “uma hora e nada mais!”, me converti em uma máquina semi-carente de vontade de falar, contar minhas pesquisas e projetos e ??? E acabou!

A live do Instagram chegou a cortar a minha conexão com a Fernanda e com o mundo digital…. (lições a quarentena…).

Para quem não conhece o projeto da Fe, o Deixa ela Treinar oferece produtos esportivos que carregam a causa feminista na sua marca. Em meio ao isolamento físico, a empresa tem convidado inúmeras mulheres envolvida com o esporte para falarem e contarem suas histórias e atividades…. ao vivo e a cores!

Nos storys do mesmo Instagram, a seriedade dos debates políticos e sanitários dos nossos tempos também se dividem com o equilíbrio oferecido pelas muitas brincadeiras e descontrações dos esportistas e afins. Não nos faltam ferramentas digitais que transformaram personagens do esporte em verdadeiros “show men e women!

Outro dia eu mesma morri de rir com a Marta Vieira e sua companheira, Toni Deion Pressley, ambas jogadoras, fazendo as vezes de cantoras, dublando e encenando músicas como se não houvesse amanhã! (haverá meu povo, haverá…)

Mas de música a gente sabe que a Marta já sabe né! É um campo seguro, uma vez que a maior craque do futebol do Brasil nunca se intimidou a cantar e tocar por ai… mas e na cozinha???

Sim, teve desafio gastronômico para a boleira…! Eu daria… nota 7!

Ainda no quesito “mulheres mostrando que estão aí no mundo para muito além dos esportes”, as Dibradoras  e a conta da seleção feminina de futebol compartilharam o vídeo muito fofo da técnica sueca, Pia Sundhage, cantando e tocando em português e inglês:

Aliás, as Dibras também tem oferecido lives com pessoas momeráveis da história esportiva. Outro dia teve Sissi do Amor com Márcia Taffarel (também soltando a voz com shalom now junto com a Renata!).

E se liga porque é preciso ficar atenta nos storys! Eles somem….rs

E ainda no Instagram, o projeto Jogamiga, que também teve seus encontros e treinos comprometidos com a quarentena, lançaram desafios físicos nas suas redes.

Sim! Se treinos a gente já viu que tem de monte por ai, porque não encarar um desafio físico como os propostos pelas companheiras abaixo?? (vai precisar de duas bolas….já adianto)

Ficar quarentenado é chato para caramba. E é óbvio que ninguém gostaria de estar nessa situação.

Enquanto a medida de isolamento da quarentena ocupa os debates mais fervorosos da mídias brasileiras, redes sociais e grupos de família, vale ressaltar que o isolamento transcende a exclusiva saúde de um indivíduo recluso, mas envolve a proteção um coletivo de pessoas e a manutenção de um sistema de saúde público em vias de colapsar.

Quarentena é um verdadeiro jogo que mobiliza uma equipe. Eu, ele, nós, eles, todos em prol de um objetivo único que é o de saírmos dessa juntos, fortes e com as pessoas que amamos.

Ninguém que joga sozinho ganha campeonato!

#fiqueemcasa

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