O racismo está em todo o lugar e o esporte é prova disso
Há 52 anos era assassinado o pastor americano que fez da palavra sua arma contra o racismo e emocionou o mundo com seus discursos. Sua mensagem reverbera até hoje, em todas as camadas da sociedade. E como lembrança desse martir, o Torcedores.com relembra atletas negros que superaram o preconceito e levantaram a bandeira contra o racismo. Relembre:
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Tommie Smith e John Carlos
Tommie Smith ergue o braço direito, o punho cerrado. John Carlos, atrás dele, levanta o esquerdo. Ambos vestem luvas negras e inclinam levemente a cabeça para baixo. Apenas de meias pretas, os dois atletas dos Estados Unidos ouvem em silêncio a execução do hino de seu país.
O gesto consagrado pelo movimento dos Panteras Negras, grupo que combatia a discriminação racial nos Estados Unidos na década de 60, ficou marcado na história olímpica durante os Jogos de 1968, no México.
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Tommie Smith e John Carlos, atletas dos 200 metros rasos dos Estados Unidos, ficaram, respectivamente, com as medalhas de ouro e bronze da prova naquela edição. A cerimônia de premiação corria normalmente até que ambos usaram o gesto como forma de protesto durante a execução do hino nacional.
Jesse Owens
Um dos maiores atletas de todos os tempos, Jesse Owens entrou para a história ao conquistar quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, Alemanha. Naquele período, o país europeu vivia regime nazista comandado por Adolf Hitler, mas Owens pouco se importou com a situação e, de maneira espetacular, trinfou na disputa dos 100m, 200m, 4×100 e salto em distância.
Muhammad Ali
O lendário boxeador Muhammad Ali foi um dos expoentes da luta contra o racismo nos Estados Unidos. Em 1967, Ali se recusou a fazer parte do exército norte-americano que iria para a Guerra do Vietnã e, posteriormente, justificou sua escolha: “não vou percorrer 10 mil quilômetros para ajudar a assassinar um país pobre simplesmente para dar continuidade à dominação dos brancos sobre os escravos negros”.
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Reinaldo
Ídolo histórico do Atlético-MG, Reinaldo fez do punho direito cerrado para o alto a sua grande marca na hora de comemorar os gols que fazia. O gesto era a marca dos Panteras Negras e que foi eternizado nos 1968 Jogos Olímpicos de 1968 por Tommie Smith e John Carlos.
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Thierry Henry
Em 2005, o francês Thierry Henry, em parceria com a Nike, lançou um modelo de pulseira contra o racismo. Com tiras em preto e branco que se entrelaçavam, o objeto continha os dizeres “Stand up! Speak up”, algo como “Levantem-se! Protestem”. A pulseira não só fez enorme sucesso entre os jogadores de futebol, mas também entre pessoas comuns nas ruas.