O ex-jogador do Inter, do Grêmio, e de alguns outros clubes do Brasil, se reuniu com o presidente da república para tratar de assuntos no tocante ao futebol
O ex-meia Tinga, que teve passagens em clubes como Cruzeiro, Grêmio e Internacional (onde foi campeão da Libertadores de 2006) teve nas redes sociais o seu nome relacionado às declarações do presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, sobre a Covid-19 em cadeia nacional de TV e Rádio na noite da última terça-feira (24). Tinga então deu uma entrevista ao blog do Maurício Noriega, no site globoesporte.com na qual falou com mais detalhes sobre o encontro com Bolsonaro.
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“Na verdade eu fui chamado há mais de duas ou três semanas pelo Onyx (Lorenzoni, ministro da Cidadania), que está numa pasta que eu nem sei direito qual é, porque não entendo e não tenho conhecimento nenhum de política. Fui chamado para falar sobre futebol, sobre questões sociais do futebol. Eles estavam querendo ouvir algumas pessoas e eu fiquei muito feliz por ter sido escutado, porque nós do esporte sempre cobramos isso, que pudessem escutar que passaram pelo futebol. Fui lá para isso. Era para ter sido há duas semanas, a gente foi protelando por causa da parada do país. Ele (Onyx) perguntou se poderia ser nesta terça eu disse que tudo bem, que estava em casa como todo mundo. Foi isso que fui fazer em Brasília” declarou.
Sobre o discurso do presidente, Tinga foi claro.
“Não ouvi nada sobre o discurso. Não faria nem sentido. Pensar nisso chega até ser meio hilário. Não tenho nada a ver com política, não tenho partido, nada, nunca tive. Como posso sair da minha casa e participar da elaboração de um discurso do presidente? Nem sei escrever direito. Quem eu sou para fazer isso? Estive por dois minutos com o presidente. Não conhecia ele. Imagine se na primeira vez que eu encontro com ele já dou a dica de como seria a atuação em algo tão importante? Totalmente sem sentido. Hoje, quando acordei e vi tudo isso, deu um desânimo. Para que laso estamos caminhando? A qualquer preço a gente sai falando? A pessoa que propagou esse tipo de informação poderia ter me ligado como você está me ligando. Não tenho assessoria, minha vida é o que é. Mas já foi. Passou, faz parte.
O ex-atleta também falou em relação a sua opinião sobre a pandemia mundial do coronavírus, e sobre o conteúdo das conversas envolvendo futebol que teve em Brasília.
“(Sobre o coronavírus) Não tenho nem condição de falar sobre isso, não sou especialista. Mal consigo falar sobre futebol. Eu acato como todo mundo acata o que as autoridades estão passando como informação. O que quero esclarecer é que é uma mentira o que falaram. Outra coisa é a satisfação de ter sido chamado para falar sobre o que eu penso sobre futebol” frisou.
“Sobre futebol, falei o que penso. Desde transformação social, educação, formação, coisas que não são do conhecimento deles. Com certeza falei algumas coisas que eles acham erradas e outras que acham certas, mas não tem uma linha assim. Falei sobre minha experiência na vida e no futebol. Não que eu tenha decidido algo, longe disso” explicou.
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