Renata Saporito: Com carisma e talento, Gabigol conquista cada vez mais as crianças
Na última semana, um pequeno torcedor do Junior Barranquilla, da Colômbia, se emocionou ao receber a camisa do atacante
Na última semana, um pequeno torcedor do Junior Barranquilla, da Colômbia, se emocionou ao receber a camisa do atacante
Que bom que o Gabigol voltou. O apelido já é atrativo. Temos um ídolo da criançada por aqui.
Para quantas crianças já perguntei: quem é seu ídolo no futebol? E a resposta foi: Messi ou Cristiano Ronaldo ou Neymar. Os três com certeza dominam as paradas de sucesso entre a molecada. Ou dominavam. Gabriel Barbosa chegou para bater de frente com esse trio. Que legal. Seu jeito de ser, de comemorar, sua fala discreta e seu faro de gol têm o credenciado como ‘o cara’ entre a garotada.
O sucesso não é à toa, mesmo porque ele não é unanimidade só entre as crianças, mas vem ganhando a confiança dos adultos também. Antes da última convocação do técnico Tite para os dois próximos jogos da seleção brasileira pelas eliminatórias da Copa, o jogador era presença certa em qualquer lista.
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Formado nas categorias de base do Santos, Gabigol surgiu para o mundo do futebol em 2005 e na base permaneceu até 2013 (detalhe: em 2005, Gabriel Barbosa tinha apenas 9 anos). Com 17 anos, subiu para a equipe principal e, por ironia do destino, na sua estreia como profissional marcou seu primeiro gol, justamente contra seu atual clube, o Flamengo. Muito rapidamente, ganhou o carisma do torcedor, se consagrou artilheiro da equipe na temporada, incluindo a Copa do Brasil de 2014 e 2015 (2015 foi vice-campeão da competição). Mas ele queria mais. Em 2016, manteve a artilharia e de quebra foi campeão paulista.
Mas assim como na vida, o futebol também tem seus mistérios. Após o título do Paulistão de 2016, a escolha de ir embora do Brasil para jogar na Interzionale talvez não tenha sido a melhor de todas – ou TENHA. As respostas, na maioria das vezes, aparecem lá na frente. Após uma passagem sem sucesso pelo clube italiano, o destino seguinte foi o Benfica de Portugal, e mais uma vez não deu certo. Seis meses no futebol português e o destino quis que ele retornasse em 2018 para o lugar onde foi revelado: o Santos. ‘Destino’ que pouco tempo depois lhe levou para o clube que, jogando contra, marcou seu primeiro gol como profissional, como contei lá no começo.
E por incrível que pareça, o ‘destino’, que nos prega incertezas, nos presenteia.
Com a camisa rubro-negra, os números de Gabriel Barbosa são espetaculares.
Desde que chegou, no ano passado, o atacante foi campeão carioca, campeão brasileiro (artilheiro com 25 gols), campeão da Libertadores (artilheiro com 9 gols), e de quebra fez o gol que deu o titulo do torneio sul-americano no apagar das luzes.
E se você acha que ele se acomodou, você está muito enganado. Pelo contrário. 2020 começou com tudo para o goleador: logo de cara três títulos (Taça Guanabara, Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana). Desde que a temporada começou já são dez gols e quatro assistências, em nove jogos. No ano, o atacante precisa de 58 minutos para participar de um lance de gol. Já tem média de 1.11 tento por partida. Marcou oito vezes em nove partidas. Só passou em branco contra o Junior Barraquila, na estreia da Libertadores. Aliás, na Colômbia, a quantidade de crianças nas arquibancadas para ver o brasileiro em campo diz muito sobre esse momento do jogador.
Resumo da história: quando eu perguntar para uma criança quem é o seu jogador preferido e ela me responder que é o Gabigol, posso lhe dizer que ela está muito bem de ídolo.
E para o ‘destino’: HOJE TEM GOL DO GABIGOL.
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