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Nesta quinta-feira (12), na Arena, em Porto Alegre, ocorrerá o primeiro Gre-Nal da história válido pela Libertadores.
Quando foram definidos os grupos da Copa Libertadores 2020, a 61ª edição da competição continental tornou-se ainda mais especial para Grêmio e Internacional. Isso porque, pela primeira vez na história, o Gre-Nal, maior rivalidade do Rio Grande do Sul poderia entrar em campo em uma partida válida pelo maior torneio de clubes da América Latina.
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O sorteio realizado em Luque, no Paraguai, em 17 de dezembro de 2019, trouxe a possibilidade de os arquirrivais se encontrarem na mesma chave. Para isso, o Inter deveria passar pela fase prévia do campeonato. E assim se fez. A equipe colorada eliminou Universidad de Chile e Tolima e, com isso, ingressou no Grupo E, junto com América de Cáli, Universidad Católica e seu co-irmão, o Grêmio.
Um Gre-Nal a nível continental não é novidade. Entre os 423 duelos disputados até o presente momento, o clássico ocorrei em duas edições da Copa Sul-Americana. Nas ocasiões, em 2004 e 2008, a classificação foi colorada em ambas, em jogos mata-mata de ida e volta. Nesta quinta-feira, às 21h (de Brasília), na Arena do Grêmio, porém, será algo inédito e esplendoroso: a partida valerá pela Copa Libertadores.
Personagem de um dos grandes capítulos da história gremista, o ex-goleiro Galatto, famoso pela Batalha dos Aflitos em 2005, exalta o clássico inédito pela Libertadores.
“É bom para os dois clubes, porque chama muito a atenção. Não só para os clubes, mas para o povo gaúcho, onde somos apaixonados por futebol. Temos nossa cultura, tradição. Vai despertar interesse de todos um Gre-Nal, um dos clássicos mais disputados do futebol, em uma Libertadores, um campeonato tão importante”, destaca.
Agora somente como torcedor, Galatto espera um triunfo tricolor nesta quinta na Arena. Porém, ressalta também o equilíbrio da partida, especialmente por se tratar de um clássico:
“A expectativa, como gremista, é que possa sair com a vitória. Embora seja um jogo de classificatória, ainda não é um mata-mata, tem que ter inteligência de saber jogar, e o Grêmio tem de sobra, e o Inter também. São três pontos e aquela equipe que vencer vai largar na frente e a que perder pode recuperar no decorrer dos jogos. Acredito em um jogo bem disputado, nos detalhes”.
Nada é impossível
Pelo lado colorado, um ídolo também deu destaque ao duelo desta quinta. Autor do gol do título mundial contra o Barcelona em 2006, Adriano Gabiru conhece, igualmente, a Copa Libertadores. Afinal, antes do histórico tento marcado em Yokohama, ele fez parte do elenco campeão e atuou no torneio continental.
“Espero que seja um grande jogo, ainda mais pela Libertadores, emocionante, e espero que a gente possa ganhar. É um jogo difícil, tem o rival do outro lado. Mas o time do Inter está bem armado e dá para tentar vencer”, disse Gabiru sobre o Gre-Nal.
Questionado se um empate fora de casa seria um bom resultado para o Inter, o ex-jogador colorado concordou. No entanto, foi além em sua projeção:
“Pode ser (um empate). Essa competição eu joguei, é complicada. Na casa do rival um empate seria bom, mas tem tudo para ganhar. Nada é impossível. Tem que jogar o que vem jogando e o apoio da torcida colorada é o mais importante”.
Na rodada inicial do Grupo E, os dois rivais arrancaram com vitória. No Beira-Rio, o Inter derrotou a Universidad Católica por 3 a 0, sendo, desta forma, o líder da chave pelo saldo de gols. Isso porque o triunfo do Grêmio, contra o América de Cáli, na Colômbia, foi pelo placar de 2 a 0.
Agora, mais do que os três pontos na corrida pela classificação à próxima fase da Libertadores, o dérbi terá o sabor especial de ser o pioneiro na competição mais cobiçada pelos sul-americanos.
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