Presidente do Bahia ressalta “equipes unidas”, mas prevê clubes falidos: “Grande ameaça para os próximos anos”
Guilherme Bellintani vê dificuldades financeiras por causa do coronavírus incomodar as equipes do Brasileirão e exige planejamento
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Os presidentes dos clubes de primeira e segunda divisão do Campeonato Brasileiro têm se reunido nas últimas semanas para tratar o futuro das competições nacionais em meio ao surto de coronavírus. Cada vez mais unidos, os dirigentes tentam achar uma resposta em comum para não essa pandemia não causar problemas inimagináveis para o futuro do futebol brasileiro.
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Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, afirmou que todos os clubes vão sentir o impacto financeiro da pandemia. Ele ainda ressalta que tudo vai depender do comportamento de cada dirigente para que os clubes sigam vivos.
“Qualquer clube de futebol vai sentir a pandemia, o impacto econômico do que está acontecendo. Alguns vão sentir mais, outros menos. Depende do comportamento. Estamos nos preparando para o pior. Isso é poder agir da maneira mais dura possível do ponto de vista econômico, entendendo que, se a gente deixar para agir depois, pode ser uma grande vítima”, disse Bellintani, em entrevista ao programa Bolívia Talk Show, do Desimpedidos, nesta quinta (26).
O presidente do Bahia prevê que, em caso de falta de organização financeira, muitos clubes poderão falir nas próximas temporadas. “Acredito muito nisso. A catástrofe econômica do futebol brasileiro está colocada. Não tenho a menor dúvida sobre isso. A gente já começa ver hoje dificuldade em honrar um compromisso básico. Se isso se prolongar, a depender da longevidade da pandemia, pode sim gerar muitos fechamentos de portas. Isso é uma grande ameaça para o futebol brasileiro para os próximos anos”, comentou.
Bellintani: O coronavírus tem unido os dirigentes brasileiros
Com diversas reuniões nos últimos dias, os presidentes dos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro têm se reunido de uma forma historicamente única, de acordo com Guilherme Bellintani.
“Diria que, nesse aspecto, o coronavírus tem unidos os clubes. A gente faz vários vídeos-conferências. Ontem mesmo foram mais de quatro horas de reunião, com mais de 20 clubes de Série A e B. Foi muito boa, a gente está conseguindo um tom e um elemento de unificação dos clubes que eu nunca tinha visto”, disse o dirigente do Bahia.
Bellintani afirmou que a principal ideia das conversas vem sendo a troca de experiências. “Saber como está cada clube, como enfrentam esse momento. Segundo: é trazer coisas em comum que nos interessem. Temas como CBF, jogadores, comissão técnica, Governo Federal. São pautas em comum entre os clubes e a gente raramente discutia sobre isso e hoje discutimos bastante”, ressaltou.
“A CBF está sendo um elemento agregador importante. Está ajudando na união dos clubes, abraçando essa causa. A gente tem uma expectativa que a CBF e todos os entes que participam do Governo sejam cada vez mais co-participantes de todos esses processos de dificuldades de clubes de futebol”, completou o presidente do Bahia.
“A gente está contando com a CBF com a posição institucional nessa interlocução com o Governo Federal, por exemplo. Também em contato com as empresas de TV, que tem na CBF, de certa forma, uma referência. Muito com a proposição da administração do calendário, equilíbrio das decisões. A CBF também está discutindo ter jogos do Campeonato Brasileiro durante a Data-Fifa”, concluiu Guilherme Bellintani.
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