Dirigente defendeu a entidade de críticas por ter garantido a manutenção de jogos das oitavas da Champions
A pandemia do coronavírus que assola a população mundial influenciou diretamente o futebol. Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, publicada neste sábado (28), o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, não foi muito positivo com relação à volta da temporada no Velho Continente. Traçando possíveis cenários para a retomada, o dirigente revelou que se as disputas não voltarem até o fim de junho, tudo pode se perder.
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“Neste momento dramático, o mais importante é a saúde das pessoas e sair dessa crise. É claro que a interrupção do futebol simboliza que a Europa e o mundo pararam. Não sabemos quando essa pandemia terminará, mas temos um plano A, B e até C. Estamos em contato com as ligas, com os clubes, há um grupo de trabalho. Temos que esperar, como qualquer outro setor”, contou o mandatário, enumerando na sequência cenários para a volta do futebol europeu.
“Poderíamos começar de novo em meados de maio, em meados de junho ou no fim de junho. Então, se não conseguirmos, a temporada provavelmente está perdida”, enfatizou o mandatário da Uefa.
“Há também a proposta de terminar esta temporada no início da próxima, que seria adiada, começando um pouco mais tarde. Vamos ver quais são as melhores soluções para as diferentes ligas e clubes. É difícil imaginar todos os jogos de portões fechados, mas agora nem sabemos se vamos retomar, com ou sem espectadores. Se não houver outras alternativas, ainda seria melhor concluir o campeonato.”
“Posso dizer que não penso nas finais da Liga dos Campeões de portões fechados”.
O presidente da Uefa aproveitou a oportunidade para rebater críticas que a entidade recebeu por ter seguido com a disputa de parte das oitavas da Champions, principalmente o duelo entre Atalanta e Valencia, uma vez que o jogo de ida foi classificado como uma “bomba biológica” de contaminação do coronavírus na Itália e Espanha. Quanto ao duelo de volta, no Mestalla, com portões fechados, Ceferin transferiu a responsabilidade para as autoridades.
“Quando foi disputada a partida Valencia x Atalanta, o futebol continuava em toda parte da Europa. Estava de portões fechados, e os torcedores que se reuniram em frente ao estádio estavam sob a jurisdição das autoridades espanholas. Eu também vi uma crítica idiota sobre a viagem a Milão, mas em 19 de fevereiro ninguém sabia que a Lombardia seria o centro da epidemia”
“Quem éramos nós para dizer que não deveria ir em frente? Existem autoridades encarregadas”, finalizou o mandatário da Uefa.