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Portões fechados em clássico contra o Vasco dão prejuízo de mais de R$ 200 mil ao Fluminense

Tricolor assumiu quase toda a despesa do jogo para manter o confronto no Maracanã. Vasco queria mudar partida para São Januário

Por Victor Lessa (Rádios Globo e CBN) em 17/03/2020 22:13 - Atualizado há 5 anos

LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C. Em campo, Fluminense saiu com a vitória por 2 x 0

Tricolor assumiu quase toda a despesa do jogo para manter o confronto no Maracanã. Vasco queria mudar partida para São Januário

O Fluminense entrou em campo no ultimo domingo contra o Vasco diante de um maracanã vazio, e a rotina de prejuízos com as operações de jogo no Maracanã segue acontecendo. De acordo com os valores divulgados no borderô da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio), o custo com para realização do clássico foi de R$ 235.589, 35. Como não houve bilheteria, o valor automaticamente virou saldo negativo. Em tese, o prejuízo era para ter sido dividido de forma igualitária para os dois clubes, como prevê o regulamento. No entanto, para que o Vasco não levasse o confronto para São Januário, já que tinha o mando de campo e não haveria público, a diretoria tricolor resolveu assumir 88% da despesa, ficando o Vasco apenas com os 12% restantes, como informou o globoesporte.com.

O Fluminense não queria mudar o local do confronto, levando também em consideração a questão técnica, já que o time está acostumado a atuar no Maracanã. E, se isso fez diferença ou não, o fato é que a equipe do técnico Odair Hellmann saiu com a vitória por 2 x 0.

Apesar disso, o que chama a atenção é que levar prejuízo com a operações das partidas é uma realidade que o tricolor vem convivendo há algum tempo e que o clube não conseguiu reverter, mesmo sendo um dos administradores do estádio. Só este ano o tricolor já levou prejuízo em pelo menos sete, das 10 partidas no estádio. Em 2020, os únicos jogos em que o Fluminense teve saldo positivo com o custo do jogo foram nos dois clássico contra o Flamengo pela Taça Guanabara: R$ 31.456,05 na fase de grupos e R$ 367.756,22 na semifinal da Taça Guanabra.

Bom, esses são os números frios apresentados pelo borderô. Recentemente, no entanto, o presidente Mario Bittencourt argumentou, e não foi pela primeira vez, que é um equívoco dizer que o Fluminense tem prejuízos atuando no estádio. Como ele explicou, outras receitas não entram no borderô divulgado pela federação, tais como: ingressos adquiridos por quem é sócio, já que esses valores são repassados por uma empresa terceirizada. Uma atratividade maior justamente para quem deseja ser sócio do clube, além de receitas com bares, restaurantes, camarotes e placas de publicidade.

“As rede sociais, infelizmente, geraram um tipo de pessoa com um oceano de conhecimento com um dedo de profundidade e falam sobre custo no Maracanã. O Maracanã não nos dá prejuízo hoje. Já falei em várias coletivas, o borderô pulicado é o da operação do jogo. Não entra o sócio futebol, que já comprou o ingresso. Alimentos e bebidas também não entram. Placas de propaganda não entram, vendas de camarote, nada disso entra no Borderô. O Fluminense divide o estádio com o Flamengo e tem uma série de receitas oriundas do Maracanã. Está se criando uma lenda e jogando a torcida contra o estádio. Jogávamos em Edson Passos e nosso Sócio Futebol caiu 60%. Com a confirmação dos jogos no Maracanã, saltamos de 7 mil para 24 mil sócios. Mais uma vez: O Maracanã não nos traz prejuízo”, garantiu Mário Bittencourt.

O Vasco também acumulou prejuízo nos jogos como mandante no Maracanã. Além dos R$ 27.623,14 contra o Fluminense, o saldo foi negativo no clássico contra o Flamengo, pela Taça Guanabara (56.584,15),e diante do ABC, pela Copa do Brasil (143.200,49).

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