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Paulo Autuori detona CBF por não paralisar o futebol brasileiro totalmente: “Frouxa e irresponsável decisão”

Treinador do Glorioso vê entidade “em cima do muro” na tomada de decisões

Por Cido Vieira em 18/03/2020 11:43 - Atualizado há 3 anos

Vítor Silva - Divulgação

Treinador do Glorioso vê entidade “em cima do muro” na tomada de decisões

Em meio à pandemia do coronavírus, a CBF optou no último fim de semana por decretar a suspensão das competições organizadas por ela. Os estaduais, no entanto, ficaram a cargo de cada federação definir a paralisação ou não. Após a união e posicionamento de clubes, a maioria dos certames tiveram suas atividades interrompidas nos últimos dias. A postura da entidade que rege o futebol nacional, não agradou nem um pouco o técnico Paulo Autuori, do Botafogo, que teceu críticas ásperas à confederação.

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Em entrevista ao Globoesporte.com, o treinador alvinegro classificou a postura da CBF como passiva diante de um cenário alarmante.

“Como sempre, a CBF se omite e/ou fica em cima do muro nas decisões, as quais cabem, exclusivamente, a ela tomar em relação a todo o futebol brasileiro”, afirmou Autuori.

No último fim de semana, o Botafogo enfrentou o Bangu com portões fechados no Nilton Santos, algo que já havia sido criticado por Paulo Autuori. Segundo ele, a entidade não deveria ter deixado uma decisão que ultrapassa a esfera do futebol nas mãos das federações.

“A não exigir que todas as federações parassem suas competições e a não estipular prazos (mínimos), sujeitos às frequentes avaliações sobre o vírus, para serem respeitados por todos, sem exceções, vem somar aos seus inúmeros, próprios e frequentes erros mais essa frouxa e irresponsável decisão de deixar nas mãos dos seus filhotes (federações) a decisão final de um tema que transcende ao futebol. Erros estes que vêm a gerar, há muito tempo, um diferencial competitivo, absurdo e nefasto, a favor de certos clubes.”

“Homogeneizar os padrões e práticas deveria ser obrigação da entidade, com o intuito de criar uma atmosfera desportiva justa e, assim, estimular a competitividade e salvaguardar o espetáculo que todos nós ansiamos por assistir. No mais, é a capacidade de gestão das instituições e seus núcleos de futebol que deverão “fazer a diferença” competitiva, pelas políticas de futebol a serem implantadas por eles com a liberdade e autoridade consentânea com suas respectivas histórias”, finalizou o treinador.

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