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“Me preocupo e torço para que estejam a salvo”, diz meia senegalês da Ponte Preta, que tem mulher e filha no Senegal e irmãos na França

Devido à pandemia do coronavírus, Papa Faye diz viver momentos de apreensão em Campinas em razão da distância de sua família

Por Adriano Oliveira em 28/03/2020 13:33 - Atualizado há 3 anos

Thiago Toledo/ PontePress

Devido à pandemia do coronavírus, Papa Faye diz viver momentos de apreensão em Campinas em razão da distância de sua família

“Minha família, esposa, minha filha, meus pais, irmãs e irmão, estão no Senegal. Tenho ainda uma irmã e um irmão vivendo na Fança. Falo com todos eles diariamente por whatsapp, mas fico preocupado com eles, me preocupo e torço para que eles estejam a salvo. Essa situação é triste para todo mundo”.

A frase acima é do meia senegalês Papa Diene Faye, que fez sua estreia vestindo a camisa da Ponte Preta na vitória por 3 x 0 sobre o Afogados-PE, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil, disputada no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, há pouco mais de duas semanas.

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O jogador de 23 anos diz estar vivendo “momentos contraditórios”, já que sente-se realizado profissionalmente defendendo o clube paulista e com seu nome gritado nas arquibancadas logo no primeiro jogo, mas por outro lado existe a preocupação constante por estar longe de sua esposa e da filha de apenas dois meses, devido à pandemia do coronavírus.

Papa Faye também alerta para a necessidade de isolamento social de modo a conter a disseminação do contágio da infecção. Ele conta que deixou o alojamento do clube e passou a morar temporariamente com seu representante Lucas Pereira, ex-jogador da Ponte Preta.

“O Lucas e a noiva dele são uma família adorável, que está cuidando de mim.  Minha rotina, como a de todo mundo, mudou neste período de quarentena.  Treino todos os dias, seguindo as orientações que recebo da Ponte, assisto às notícias na TV, leio livros, assisto a seriados e converso com a família e amigos pelo celular”, disse o senegalês, que espera voltar a vestir a camisa da Macaca mais vezes.

“Fiquei muito feliz, muito entusiasmado. No que depender de mim, quero permanece na Ponte, um time que já amo e pelo qual torço, e enfrentar as situações que vierem pela frente. Sei que o momento é difícil no Paulistão, mas situações ruins ocorrem em todos os times e, todos nós do elenco, com fé e trabalho duro, podemos reverter isso e sair vitoriosos da situação. Eu sempre darei meu melhor e meu coração para levar o time para cima”, completa.

Com duas vitórias, um empate, sete derrotas e 23% de aproveitamento, a Ponte Preta ocupa o último lugar da classificação geral do Campeonato Paulista com sete pontos, restando somente duas rodadas para o fim da primeira fase. Por conta do coronavírus, a competição está paralisada por tempo indeterminado.

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