Presidente do COI segue otimista, mas já cogita adiamento das Olimpíadas

Em meio a pandemia mundial do novo coronavírus, ainda existe uma indefinição sobre a realização ou não das Olimpíadas em Tóquio

Por todo mundo a preocupação com o coronavírus é real. Impacto na sociedade global como um todo. O esporte não é exceção e vem sofrendo com campeonatos sendo adiados, suspensos ou até cancelados. Em meio a tudo isso, temos as Olimpíadas de 2020. Com início previsto para 24 de julho, ainda não temos um parecer oficial da competição. Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional) adota um tom otimista, mas deixa claro que está preocupado com essa crise global.

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“Somos afetados por esta crise como todo mundo e estamos preocupados como todo mundo. Não estamos vivendo em uma bolha ou em outro planeta. Estamos no meio de nossas sociedades.”, afirmou.

Bach reconheceu que a situação é preocupante, mas acredita que o coronavírus poderá estar controlado em breve, de forma que as Olimpíadas em Tóquio possam ser realizadas na data prevista.

Dirigentes defendem adiamento das Olímpiadas

Ao contrário de Thomas Bach, outros dirigentes se mostram favoráveis ao adiamento da competição por conta do coronavírus.

Alejandro Blanco, presidente do Comitê Olímpico Espanhol é um dos que defende que a competição seja postergada.

“As notícias que recebemos todos os dias são desconfortáveis ​​para todos os países do mundo. Mas para nós o mais importante é que nossos atletas não podem treinar e celebrar os Jogos conforme planejado. Isso resultaria portanto em condições desiguais na competição”, disse Blanco.

“Queremos que as Olimpíadas ocorram, mas com segurança”, continuou. “Somos um país importante no mundo e, quatro meses antes dos Jogos, nossos atletas não podem chegar em igualdade de condições”, completou.

Giovanni Petrucci, atual presidente da Federação Italiana de Basquete e ex-presidente do Comitê Olímpico Italiano e Paolo Barelli, presidente das Federações Europeia e Italiana de Natação e vice da Federação Internacional de Natação (FINA) também são a favor do adiamento.

“Não sou contra os Jogos Olímpicos. Mas dizer que as Olimpíadas vão seguir é um grande erro de comunicação. Essa pandemia afeta o mundo todo. Eu sei que existem contratos bilionários. Eu sei disso tudo. Mas a vida humana vale muito mais que todas essas coisas”, afirmou Petrucci.

“Não quero atacar o COI. Há muitas pessoas lá que conheço. Mas eu não sei mais o que dizer. Não estou tentando criar uma controvérsia. Eu sou realista. É só olhar os boletins médicos”, complementou.

Já Barelli coloca em questão a falta de tempo para condicionamento físico dos atletas.

“Até dia 15 de abril, haverá atletas que não treinam há dois meses. Atletas são como relógios. Eles precisam treinar para funcionar de forma impecável. A maioria deles precisa ainda se classificar, então eles precisam treinar não só para se classificar, mas também para as Olimpíadas, afirmou Paolo.

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