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Nossos colunistas comentaram sobre a decisão do Primeiro ministro japonês e do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) de adiar os Jogos Olímpicos para 2021
Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio serão adiados para 2021. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (24) após o primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente do COI, Thomas Bach, entrarem em acordo. O comunicado foi publicado no site e Twitter oficial da entidade.
“Para proteger a saúde dos atletas e todos os envolvidos nos Jogos de Tóquio 2020. Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio 2020 agora serão realizados no verão de 2021”.
To safeguard the health of the athletes and everyone involved in the Tokyo 2020 Games.
The Tokyo 2020 Olympic and Paralympic Games will now take place no later than summer 2021.
— #Tokyo2020 (@Tokyo2020) March 24, 2020
Pela primeira vez na história que o evento é adiado. Em outros momentos, a Olimpíada foi cancelada por conta das duas Guerras Mundiais (1916, 1940 e 1944). Em 1940, por coincidência, Tóquio seria a sede.
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Conversamos com nossos colunistas sobre a situação e todos entenderam como tardia e óbvia a tomada de decisão do COI; veja abaixo:
“Prevaleceu o bom senso, ainda que bem tarde, se considerar o tempo que levaram para chegar a essa decisão. Em primeiro lugar, a saúde pública. Teremos uma grande Olimpíada mesmo em um ano diferente no calendário.”, diz Allan Simon.
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“Quando o Comitê japonês insiste na manutenção do calendário ele está, desta maneira, legislando sobre a vida de uns e morte de outros, mesmo em meio às supostas boas intenções. A ocorrência os Jogos Olímpicos já é um risco para atletas saudáveis, e será um crime para pessoas com limitações orgânicas, físicas e sensitivas que é o caso dos atleta paralímpicos. Reduzir o debate na “honraria dos compromissos e contratos assinados” é desrespeito com a comunidade de atletas, trabalhadores, voluntários e principalmente, com seu público “consumidor” e o tal espírito olímpico”, comentou Aira Bonfim.
O colunista Mauricio Capela, comentou sobre a demora na tomada de decisão e a pressão pública pelo adiamento: “Bom senso. Era o mínimo que se esperava, e demorou para vir à tona, diga-se. Atletas de alto rendimento precisam de tempo, de sucessivas competições para se manter em nível e chegar a Olimpíada também em nível. Mas desconfio que o adiamento só veio por pressão do ecossistema do esporte, não por qualquer outro ponto.”.
Com o adiamento, o futebol masculino é afetado, visto que a competição é apenas para atletas sub-23. Pensando nesse ponto, nosso colunista Mauro Beting, comentou sobre a decisão e como o COI deveria lidar com esse caso.
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“Demorou para Tóquio e a autoridade olímpica fazer o óbvio. Era um desrespeito à humanidade e, sobretudo, com os atletas que não poderiam se preparar se acontecesse na data estabelecida. Tóquio já sofreu isso em 1940, quando não puderam sediar seus Jogos Olímpicos, mas como naquela época, não temos o que fazer. Perderam o ‘time’ e quase que perdem o juízo em definitivo, infelizmente, o movimento olímpico demorou para se mexer”.
Sobre o futebol, Mauro Beting comentou: “Alguns casos devem ser entendidos separadamente, como o do futebol. Acredito que quem era elegível em 2020 (atletas até 23 anos), deve ser em 2021.”.
O colunista Allan Abi Madi, também criticou a demora da tomada de decisão e disse que o adiamento é a coisa mais sensata no momento.
“O adiamento demorou para acontecer. Os esportes e as competições estão paradas, os atletas estão sem treinar de forma correta, e claro, o risco de contaminação que um grande evento poderia causar. Por isso, o adiamento deveria ocorrido tempos atrás, demonstrando o que é o verdadeiro ‘sentimento olímpico’ de pensar no próximo e de união. Entendo o lado dos dirigentes japoneses que se prepararam para receber uma competição dessa magnitude, mas, hoje em dia, o que tem que prevalecer é a saúde e bem-estar do ser humano.”
Ao comentar sobre o futebol, o colunista também diz que os atletas do futebol devem participar dos Jogos Olímpicos, mesmo que ultrapassem a condição de sub-23.
Situação pelo mundo
Desde de que o surto de coronavírus se espalhou pelo mundo, uma série de eventos esportivos foram cancelados ou adiados,
Cerca de 390 mil pessoas no mundo já foram diagnosticadas com a Covid-19, doença gerada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).
No Japão, país sede do evento, houve 1128 casos confirmados e 42 mortes até a publicação desta reportagem. Apesar do baixo número de casos em relação a países como China (81 mil), Itália (64 mil), EUA (46 mil) e Espanha (40 mil), manter a realização dos Jogos em 2020 iria reunir milhões de pessoas de todas as partes do mundo em uma única cidade e, assim, correr o risco da doença continuar se disseminando.
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