Home Torcedoras Liderança, um esporte feminino: gêmeas driblam preconceito e presidem time feminino em Brasília

Liderança, um esporte feminino: gêmeas driblam preconceito e presidem time feminino em Brasília

Há oito anos, Nayara e Nayeri Albuquerque fundaram o Minas ICESP Brasília

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Há oito anos, Nayara e Nayeri Albuquerque fundaram o Minas ICESP Brasília

Por Tayna Fiori

As gêmeas Nayara e Nayeri Albuquerque fazem parte de uma minoria nas estatísticas. Elas fundaram e presidem, desde 2012, um clube de futebol feminino. Em conversa exclusiva com o Papo de Mina, as irmãs revelaram como lidam com o preconceito e os olhares tortos, a importância do apoio da família e como enxergam o crescimento do futebol feminino no Brasil e no mundo.

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“Nosso papel é muito importante, fundamental. Nós mostramos a força da mulher e que ela pode fazer qualquer coisa ou estar em qualquer lugar. É muito difícil ver mulheres no comando do futebol”.

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O discurso empoderado de Nayara e Nayeri é a chave para elas driblarem as dificuldades, como a falta de credibilidade, quando se apresentam como donas do Minas ICESP Brasília. “Acho que isso ocorre mais por conta da nossa idade, temos 30 anos, e por sermos mulheres. Na maioria das vezes não acreditam que somos as presidentes do time”, pontuaram.

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Como surgiu a ideia de ter um time

Nayara e Nayeri cresceram rodeadas pelo esporte. A família era dona do Canarinho, um time de futebol no qual atuava o pai das meninas e todos os treze irmãos dele. Elas também brincavam de bola, e ainda crianças foram para o futsal. Atuaram em alguns clubes da cidade até chegarem ao Cresspom, o maior time do Distrito Federal.

Logo no primeiro ano vestindo a camisa, as duas ajudaram na conquista do Campeonato Candango. Mas, a partir daí, começaram a sentir alguns erros no futebol brasiliense.

“Acredito que desisti de ser jogadora por conta da gestão do futebol feminino. Foi o que mais fez com que a gente desacreditasse na modalidade e decidisse sair da área”, desabafou Nayara.

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A decepção, porém, foi o gatilho para que as gêmeas tivessem uma nova ideia surgisse. “Nós vimos que tinham muitos vícios e algumas coisas erradas que aconteciam. Então, vimos a necessidade de criar um projeto para solucionar esses problemas da modalidade em Brasília”.

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“Somos um clube 100% feminino desde a criação do projeto. Conseguimos, degrau por degrau, sozinhas, chegar à série A1. Isso é muito significativo, deixamos o nosso nome na história”, explicaram as irmãs.

Apesar das dificuldades, o time conseguiu uma parceria com o ICESP e começou a investir tanto no esporte, quanto na educação. “Nosso projeto não é só fomentar o esporte, mas também a educação. É o primordial e o essencial para cada ser humano, principalmente para conseguir sucesso”, completaram.

A importância do posicionamento

O Minas ICESP Brasília frequentemente apoia causas sociais e busca mudanças e melhorias para o futebol feminino.

“Nós começamos com a #RespeitaAsMinas, fomos o primeiro clube que levantou essa bandeira. Para representar o respeito entre as mulheres e colocar nosso nome”, comentaram.

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