José Mourinho ainda é um técnico de futebol relevante em 2020?
O revolucionário Mourinho da década passada acumula fracassos desde a última vez que conquistou a Europa. Nesta terça-feira (10), o Tottenham, comandado por ele, foi atropelado pelo Leipzig na Liga dos Campeões.
O revolucionário Mourinho da década passada acumula fracassos desde a última vez que conquistou a Europa. Nesta terça-feira (10), o Tottenham, comandado por ele, foi atropelado pelo Leipzig na Liga dos Campeões.
José Mourinho, o português que surpreendeu o mundo em 2004, conquistando a Liga dos Campeões com o Porto, foi um dos nomes mais importantes e polêmicos do futebol da década passada, mas justamente quando o técnico caminhava para se tornar uma lenda, ele caiu. Afinal, o que houve com o Special One?
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Revolucionário, não há outra palavra que pode definir o que Mourinho fez na sua “primeira metade” da carreira. Ele levou a sociologia para o futebol por meio do professor português, Manoel Sergio. Fazendo o diferente, sempre com muita coragem, ele aceitou o desafio de elevar o patamar de um Chelsea com muito dinheiro, mas sem identidade e poucos títulos relevantes. Poucos anos depois ele conseguiu ganhar todos os títulos possíveis com a Inter de Milão em uma única temporada.
Mas aos poucos as coisas complicaram, surgiu Guardiola e ele trabalhou mal essa concorrência (justamente enquanto comandava o Real Madrid). Com o passar do tempo, ele se tornou uma espécie de anti-Guardiola. Muito pouco para alguém que apresentou novos conceitos de treinamentos para o futebol, ganhou tudo e fez a figura do treinador virar o centro do protagonismo mesmo em meio de tantos craques.
Atual temporada
Após um ano sabático, ele voltou para a Premier League numa união improvável com o Tottenham, equipe na qual o mesmo já havia recusado trabalhar duas vezes durante a carreira. Porém, com o status abalado depois de um trabalho ruim à frente do Manchester United, Mourinho demonstrava ter mudado, não só no comando da equipe, mas também no comportamento com a arbitragem e imprensa. Mas foram os primeiros resultados ruins aparecerem para o “José Paz e Amor” voltar a reclamar com a arbitragem, com o VAR e até mesmo incomodar técnicos adversários durante as partidas.
Nesta terça-feira (10), tivemos mais uma queda de uma equipe comandada por Mourinho. Apático, o Tottenham que entrou em campo hoje lembra muitos momentos do United que ele comandava. Mesmo precisando vencer fora de casa, a equipe foi dominada pelo Leipzig desde o início da partida. Os 3×0 (4×0 no resultado agregado) na Alemanha foi equivalente ao tamanho da diferença das duas equipes nesta temporada.
O que vimos hoje se tornou recorrente desde que Mourinho assumiu o estrelado Real Madrid em 2010. Ele não apresenta nada de novo, não reage, embora lhe sobre competência. A força psicológica, que ele transmitia, não volta e os desacertos com jogadores vão se somando. Aliás, em seus últimos trabalhos, as quedas começaram no vestiário.
Com a derrota desta terça-feira, somam-se seis jogos oficiais – incluindo a eliminação da Copa da Inglaterra – que os Spurs não vence. Essa é a pior sequência sem vitórias da carreira do técnico português.
O Mourinho criativo ainda existe?
Agora voltamos a pergunta inicial. Ele ainda é relevante ou seus métodos ficaram ultrapassados quando surgiu o Guardiola? Ninguém desaprende, menos ainda alguém com essa história. Talvez um dia passará a voltar a ser ele, não o anti-Guardiola. O Mourinho criativo está em falta para quem gosta de um tempero no futebol.
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