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Jogadores sugerem redução do Brasileirão e cobram CBF e Globo por Estaduais 2020

Entidades que representam os atletas avaliam que tudo depende de quanto vai durar a pandemia do coronavírus no Brasil

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

Entidades que representam os atletas avaliam que tudo depende de quanto vai durar a pandemia do coronavírus no Brasil

Entidades que representam os jogadores de futebol que atuam no Brasil, a Fenapaf (Federação Nacional de Atletas de Futebol Profissional) e o Sindicato dos Atletas de Futebol encaminharam cobranças à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Rede Globo, no que tange à indefinição dos campeonatos estaduais, paralisados em virtude da pandemia do coronavírus.

Além disso, sugeriram que as Séries A e B do Brasileirão sejam reduzidas de 38 para 22 ou 24 datas. Entretanto, a definição do total de jogos depende de quanto tempo a pandemia vai durar no país, conforme diz Alfredo Sampaio, presidente da Fenapaf e representante da Saferj (Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).

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“Nós já conversamos várias possibilidades. Vai depender como a epidemia vai andar. Se tudo voltar ao normal até maio, dá pra encaixar tudo. Se não voltar, vai ter que mudar o modelo de competição”, iniciou Sampaio, em entrevista ao site UOL.

“Só que aí isso também, passa por alguns problemas contratuais. A Globo tem contrato para transmitir 38 partidas. Se diminuir o número de partidas, a Globo pode não querer pagar. A gente falou sobre diversas formas (diferentes de tocar o Brasileirão)”, prosseguiu.

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“Citamos dois grupos de dez (times) jogando entre si, campeão de um contra o campeão do outro. E aí teríamos 22, 24 datas de fosse jogo de ida e volta. O importante entender é que essa decisão depende muito da questão do vírus. Se o vírus acabar em maio, tudo bem, mas e se acabar em junho ou julho? Aí não tem como ter 38 datas”, disse.

Críticas à CBF

Sampaio também criticou a CBF. Ele avalia que falta poder de decisão para a entidade máxima do futebol brasileiro. Além disso, afirmou que a confederação deveria ajudar financeiramente os clubes, sobretudo aqueles que não têm calendário até o final do ano, além dos disputam as Séries C e D do Brasileirão.

Vale destacar que, no dia 17 de março, a CBF anunciou que teve de receita 957 milhões de reais, em 2019. O dado é recorde da entidade.

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“A gente acha que a CBF está esperando o cenário para ver que tipo de calendário pode ter. Isso nos preocupa porque os estaduais não acabaram. Os atletas estão com o campeonato paralisado, de férias e com um mês para receber. A CBF deveria trazer tranquilidade e dizer que, independentemente do que acontecer, vai trazer datas para o calendário”, declarou

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“A CBF, como entidade máxima do futebol brasileiro, deveria chamar essa responsabilidade pra ela. Ela teve arrecadação suficiente e deveria destinar parte do que arrecadou para os clubes que vivem dificuldades por causa deste momento. Em off, a CBF disse que não faz isso por ser uma entidade privada. A gente não concorda com isso, que ela é uma entidade privada. Não é uma resposta que, no meu modo de ver, sera correta e coerente”, finalizou Sampaio.

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