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Coronavírus: Jogador do Sporting troca treinos para ajudar na fabricação de máscaras de proteção

Por Raphaela Silva em 26/03/2020 09:36 - Atualizado há 3 anos

Erick Mendonça mobilizou grande parte da família para contribuir na fabricação das máscaras

O jogador de futsal do Sporting e da Seleção Portuguesa de Futsal, Erick Mendonça, foi mais um dos atletas a mostrarem o amor ao próximo nesta crise humanitária devido à pandemia de coronavírus. Erick trocou alguns dias de treino para ajudar na fabricação de máscaras de proteção no combate ao COVID-19.

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“A ideia da produção de máscaras em impressora 3D foi de um amigo. Falei com ele e, como tenho um tio que tem uma máquina, decidi juntar-me para ajudar. Desde então, temos estado em contacto e a produzir máscaras”, explicou o jogador à agência Lusa.

Ao se habituar com o processo de fabricação das máscaras, Erick mobilizou grande parte da família Mendonça, que está contribuindo na confecção do objeto de proteção e ajudando um projeto que já se estende por várias regiões de Portugal.

“Isto começou a ser feito em Almada, pelo meu amigo Nuno Mateus e um amigo dele, mas tomou outras proporções e já há pessoas de todo o país a ajudar, porque há falta de material em todo o lado. No meu caso, estou num grupo na zona de Cascais”, refere o jogador, de 24 anos.

O jogador conseguiu verba para a compra de mais uma máquina 3D, que custa de 200 a 600 euros. Com a aquisição de mais uma máquina haverá certamente um aumento na produção, que atualmente é de 10 máscaras por dia.

“Como a procura é grande e há falta de material, juntamos a todos e compramos mais uma máquina, que ainda não chegou, para serem duas a produzir numa só família. A produção de máscaras em 3D demora algum tempo e, como estamos a trabalhar nisto não há muito, precisávamos de três horas para fazer uma unidade, mas já conseguimos reduzir para duas horas e meia”, explicou Erick.

O que  motivou Erick a aderir ao projeto foram os esforços de profissionais da saúde e a “revolta” por não fazer nada fisicamente em meio a situação: “Temos de pensar no esforço que estes profissionais de saúde fazem e ajudar. Eles são heróis e é assim que devem ser vistos. Abdicam de estar com os familiares para cuidar de doentes. Depois foi a revolta por não poder fazer nada fisicamente. Tenho familiares que estão no grupo de risco e eu, como não podia ajudar de outra maneira, assim que percebi que era viável colaborar na produção de máscaras, não pensei duas vezes.”

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