1ª escolha no draft de 2007, o pivô sofreu com várias lesões durante a carreira
Greg Oden era um dos prospectos de maior potencial ao sair do colegial. Ao ser selecionado como a primeira escolha no draft de 2007 da NBA, criaram-se expectativas ainda maiores. No entanto, o pivô sofreu com diferentes lesões por toda a carreira e, assim, se tornou um dos maiores fracassos da história da liga.
Para ser selecionado acima de estrelas como Kevin Durant, Al Horford e Mike Conley, é preciso ser um grande jogador. E, no colegial, Oden correspondia às expectativas. Em sua única temporada em Ohio State, teve médias de 15.7 pontos, 9.6 rebotes e 3.3 tocos por partida. Além de vários prêmios individuais em sua carreira colegial, Oden ainda tinha o que seria fundamental para seu sucesso profissional: saúde.
Um dos grandes motivos para estrelas colegiais não darem certo na NBA é se conseguem se manter saudáveis ou não. Oden, no entanto, não conseguiu. Ficou de fora em sua primeira temporada como profissional por conta de uma lesão no joelho. Na temporada seguinte, 2008/09, também não jogou todos os 82 jogos, apenas 61, mas mostrava potencial. Na seguinte, 2009/10, foi titular em todos os jogos que jogou e começou a anotar médias de mais expressão. Foram 11.1 pontos, 8.5 rebotes e 2.3 tocos por partida até sofrer mais uma lesão, fazendo com que jogasse apenas 21 partidas.
Aceitando o destino
Oden já falou abertamente sobre seu destino como jogador. Em entrevista ao escritor e analista do The Athletic, Shams Chanaria, Oden discutiu os rumos que a carreira levou. A palavra “bust” é muito usada para se referir aos jogadores com grande potencial, mas que não cumprem as expectativas – e Oden a ouviu muito. Em tradução literal, seria “fracasso”. “Eu não ligo mais para isso, as pessoas podem falar o que elas quiserem, eu já superei”, comenta. “Tudo o que eu sei é que eu tinha joelhos ruins, eu me machuquei, eu não conseguia jogar. Se isso é ser um fracasso, tudo bem”, completa Oden.
O agora ex-jogador também comenta sobre seus episódios de vício em drogas: “Eu tinha que tomar opioides porque estava lesionado – um jovem com muito dinheiro… Eu não era maduro o suficiente naquela época”. Oden também afirma que teve depressão e não soube lidar muito bem. “Eu sentia que devia algo para a cidade e não podia estar lá, fisicamente, para contribuir”, pondera. Em seus tempos mais sombrios, o ex-Portland Trail Blazers bebia durante todo o dia: desde quando acordava e até apagar. Tudo isso enquanto chorava ao assistir videos de Kevin Durant, escolhido logo depois dele no draft.
Hoje, Oden já se recuperou. Voltou para Ohio State, a universidade em que jogou. Passou por experiências como treinador no Ensino Médio (de muito sucesso, por sinal) e como consultor de atletas. Atualmente, em paz, só deseja repassar o amor pelo basquete a outras crianças.
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