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Galvão Bueno: início em fábrica de plástico e quase demissão no começo na Globo; veja mais sua história de vida

Um dos maiores narradores da história do esporte nacional temeu demissão rápida, mas fez história na Globo

Por Rafael Alves em 25/03/2020 21:56 - Atualizado há 5 anos

Reprodução/TV Globo

Um dos maiores narradores da história do esporte nacional temeu demissão rápida, mas fez história na Globo

Prestes a completar 70 anos de idade em 2020, Galvão Bueno se tornou o maior narrador esportivo da história da televisão nacional. Marcado por suas aparições em Copa do Mundo com a seleção brasileira na TV Globo, o profissional conquistou a posição de um dos comunicadores de mais sucesso do país. Por outro lado, ele teve um começo nada parecido com o atual status de sua carreira.

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Nascido em 21 de julho de 1950 na cidade de Rio de Janeiro, o narrador começou a vida profissional como funcionário de uma fábrica de plástico. Foi o primeiro emprego profissional de Galvão Bueno, que, depois disso, se dedicou ao rádio e à TV para se tornar a voz dos principais eventos esportivos do fim do século passado até aqui.

Sua primeira emissora foi a na Rádio Gazeta, em São Paulo, no ano de 1974. Logo depois, ele passou para a TV Gazeta, participando do programa Mesa Redonda e cobrindo a Copa do Mundo no mesmo ano – mas narrando no Brasil.

Galvão ficou três anos no grupo Gazeta, mas teve uma curta passagem pela TV Record em 1977. Ficou alguns meses e logo acertou um contrato com a TV Bandeirantes, onde narrou pela primeira vez uma corrida de Fórmula 1, além de seguir nas transmissões de futebol da emissora até 1981, quando foi para a Globo.

Quase demissão no começo na Globo

Galvão Bueno ainda chegou a praticar diversos esportes antes de se destacar como narrador: hipismo, handebol, futebol, vôlei, natação e até kart.  Foi inclusive do automobilismo que gerou uma das histórias mais curiosos sobre o começo de carreira do narrador no Grupo Globo de Televisão.

Apesar do primeiro trabalho na TV Globo ter sido a narração de um jogo do Flamengo contra o Jorge Wilstermann, da Bolívia, na Libertadores de 1981 e a Copa do Mundo na Espanha, Galvão Bueno também narrou, na mesma época, sua primeira corrida de Fórmula 1: o Grande Prêmio da África do Sul de 1982.

Marcado por acompanhar a manhã dominical do brasileiro durante os anos de glória de Ayrton Senna, Galvão, porém, teve uma estreia aterrorizante no automobilismo. Em 2013, o narrador confessou que cometeu grave erro e chegou a temer uma demissão na Globo.

“Naquela época ninguém parava para abastecer e trocar pneus, quem parava para trocar um pneu furado estava fora da corrida. O (Alain) Prost, que estava em primeiro lugar, entrou nos boxes trocou um pneu e foi embora… e na minha cabeça nunca mais ele iria se recuperar. Quando ele passou o (argentino Carlos) Reutemann eu disse: “Tá tirando volta de atraso”. Estava nada, Prost voltou na mesma volta e estava voltando para a primeira colocação. Narrei vitória de Carlos Reutemann. Fomos para o comercial, quando voltamos preparou-se o pódio e apareceu lá Alain Prost como vencedor”, disse Galvão Bueno.

“Me deu um desespero, vou pedir ajuda para quem? Para o veterano, para o cara que já tinha alguma história na televisão. Olhei para o Reginaldo do lado e fiz assim para ele: “E agora?” Ele olhou para mim e disse: “Não sei”. Então nesse momento eu falei: acabou a minha carreira. Foram oito horas e meia de volta para o Rio de Janeiro certo que eu estava demitido. Graças a Deus o Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, então diretor da TV Globo) me deu uma chance, eu continuei e estou aí até hoje”, contou o narrador no programa Corujão do Esporte há sete anos.

Saída da Globo e aventura na Rede OM

Já principal narrador da TV Globo na Copa do Mundo de 1990, Galvão Bueno acabou se aventurando em saída da emissora em caminho à Rede OM dois anos depois. Originalmente do Paraná, a empresa queria ter grande impacto nacional. Apesar da tentativa ousada, Galvão Bueno narrou apenas o título mundial do São Paulo em 1992, mas logo retornou ao grupo que faz parte até hoje.

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