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Gaciba ainda explicou a dificuldade de se instalar uma central única de VAR e prometeu melhorias
O ex-árbitro Leonardo Gaciba, atual chefe da comissão de arbitragem da CBF, concedeu entrevista ao Bolívia Talk Show, do canal Desimpedidos, no Youtube, e explicou o motivos dos árbitros não falarem com a imprensa após os jogos. Para o dirigente, a forma como o profissional de arbitragem vai explicar determinado lance é o que mais gera preocupação.
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“Eu acho que nós vamos evoluir nesse ponto. Um dia nós vamos chegar nisso. O grande problema que existe da entrevista pós-jogo é o que o árbitro sentiu no campo de jogo. Você entra na área, eu dou um carrinho e o árbitro vê atingindo e marca o pênalti. Terminou o jogo, nós vamos para entrevista e perguntam ‘por que você marcou o pênalti?’, aí ela fala ‘porque eu vejo o cara atingir o outro com um carrinho’, ‘mas com o que ele atingiu?’, ‘olha, eu vejo atingir com a perna, com o pé… não sei exatamente com que parte do corpo’, ‘então espera aí, o senhor não viu a jogada. Viu está marcando o pênalti sem ter visto o que aconteceu’. O cara acertou na marcação do pênalti, mas muda tudo. Então é o que ele (árbitro) vai verbalizar”, explicou.
“Esse ângulo de visão do árbitro, ele não é o mesmo que todo mundo tem. (…) Nós temos que começar a divulgar outras imagens que não vão para o ar para vocês. Isso nós vamos tentar evoluir. Nós vamos tentar colocar as imagens nos telões dos estádios também, mas isso depende da aprovação do clubes, já que não são todos os estádios que têm telões”, acrescentou.
Gaciba ainda comentou a diminuição dos erros de arbitragem com a chegada do VAR e prometeu melhorias. “Algumas coisas nós estamos fazendo já para esse ano. A primeira crítica que o VAR brasileiro sofreu foi com relação ao tempo, mas é normal e natural. E a questão de conhecer a ferramenta mesmo. Dentro da cabine do VAR é um jogo tenso. Uma das coisas que a CBF quer fazer é começar a levar o torcedor para dentro da cabine.”
Questionado sobre a possibilidade de haver divulgação dos áudios entre o arbitro de vídeo e o de jogo durante alguma checagem polêmica, Gaciba rechaçou. “É arbitro de vídeo, não é árbitro de áudio. Acho que as imagens têm que ser divulgadas, o áudio, com as experiências que nós temos até hoje, dos países que já fizeram isso, os caras se arrependeram. A verbalização acaba se transformando mais polêmica do que a imagem em si.”
CENTRAL ÚNICA DO VAR:
— É uma possibilidade, mas o presidente Rogério (Caboclo, presidente da CBF) ele quer ter 100% de confiança. Uma coisa é eu ter uma cabine de jogo lá no estádio, como é hoje, e cair aquela e virar um jogo raiz. Agora, se eu tiver uma central única aqui no Rio de Janeiro e cair ela, serão dez jogos descobertos. Enquanto nós não tivermos uma confiabilidade 100%, nós não vamos implementar.
CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:
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