FIA confirma acordo com a Ferrari
Entidade alega que optou pelo pacto para evitar consequências negativas de uma longa disputa
Entidade alega que optou pelo pacto para evitar consequências negativas de uma longa disputa
Após sete equipes do grid da Fórmula 1 emitirem uma nota sobre a paralisação da investigação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre o motor usado pela Ferrari na segunda parte do campeonato de 2019, a entidade confirmou que fez um acordo secreto com os italianos.
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O trato, que causou revolta nos times da principal categoria do automobilismo mundial, não descumpriu com as regras, isso de acordo com a própria instituição, que emitiu uma nota no início desta quinta-feira (5).
“Para evitar as consequências negativas que uma longa disputa causaria, especialmente à luz da incerteza do resultado de tais disputas e pensando nos melhores interesses do campeonato e seus acionistas, a FIA […] decidiu entrar em um acordo efetivo com a Ferrari para encerrar os procedimentos”, dizia uma parte do documento.
Caso fosse comprovada qualquer tipo de irregularidade com o SF90, o segundo lugar no Mundial de Construtores, conquistado por Charles Leclerc e Sebastian Vettel, estaria em jogo. Com isso, a terceira colocada, a Red Bull, foi quem mais se mostrou lesada a respeito dos fatos. Para os austríacos, nem uma punição de R$ 100 milhões seria suficiente.
Confira a nota emitida pela FIA na integra
A FIA conduziu análise técnica detalhada da unidade de potência da Ferrari, sendo autorizada a fazer isso com qualquer competidor do Mundial de Fórmula 1 da FIA. A investigação extensiva e profunda durante a temporada 2019 levantou suspeitas de que o funcionamento da unidade de potência da Ferrari pode ser considerado fora dos limites do regulamento da FIA o tempo todo. A Ferrari se opôs firmemente, reiterando que sua unidade de potência sempre funcionou de acordo com o regulamento. A FIA não ficou plenamente satisfeita, mas decidiu que ações futuras não levariam necessariamente a um resultado conclusivo por conta da complexidade da questão e da impossibilidade material de entregar evidências inequívocas de uma irregularidade.
Para evitar as consequências negativas que uma longa disputa causaria, especialmente à luz da incerteza do resultado de tais disputas e pensando nos melhores interesses do campeonato e seus acionistas, a FIA, de acordo com o Artigo 4 (ii) das Regras Judiciais e Disciplinares, decidiu entrar em um acordo efetivo com a Ferrari para encerrar os procedimentos.
Esse tipo de acordo é uma ferramenta legal reconhecida como componente essencial em qualquer sistema disciplinar e é usado por muitas autoridades públicas e outras federações esportivas.
A confidencialidade dos termos do acordo é garantida pelo Artigo 4 (vi) das Regras Judiciais e Disciplinares.
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