Ferreira coloca o Grêmio na Justiça e quer rescisão de contrato; dirigente volta a disparar contra empresário
Atacante move ação trabalhista alegando “coação e pressão” para a assinatura da proposta de renovação de contrato
Atacante move ação trabalhista alegando “coação e pressão” para a assinatura da proposta de renovação de contrato
Ao brilhar no Brasileirão de Aspirantes do ano passado e manter o nível quando subiu para o profissional nas rodadas finais da Série A de 2019, o atacante Ferreira, hoje com 22 anos, deu mostras de que poderia ser um grande talento no Grêmio. Mas o desacerto contratual com a direção levou o seu nome para tristes páginas. Sem encontrar um denominador comum com a cúpula gremista, o jogador entrou na Justiça nesta semana pedido rescisão contratual.
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A ação transita na 23ª Vara do Trabalho de Porto Alegre e alega “coação e pressão” para a assinatura do novo contrato proposto pela direção, cujo salário giraria na faixa dos R$ 30 mil com gatilhos de aumento ano a ano. Ferreira e o seu empresário Pablo Bueno queriam pelo menos R$ 50 mil.
O desacerto irritou a direção gremista e o jogador foi inclusive afastado do elenco principal. Como se não bastasse, ainda teve o nome vetado da lista de inscritos da Libertadores.
“Sem qualquer justificativa que não a de exercer coação sobre o atleta, o clube ora reclamado, em data de 28 de fevereiro último, optou por afastar o Reclamante do grupo principal do Grêmio, direcionando ao grupo de transição, causando-lhe grandessíssima decepção e constrangimento, restando, assim, evidenciada a coação, a pressão para que o Reclamante cedesse às ameaças do clube, para que fosse aceito contrato por este imposto”, diz um trecho do despacho judicial.
De acordo com o Globoesporte.com, o processo tem aproximadamente 30 páginas e estão anexadas conversas de WhatsApp do empresário Pablo Bueno com o diretor-executivo Klauss Câmara. O Grêmio tem cinco dias para se manifestar na Justiça.
Vice-jurídico do Grêmio se manifesta e volta a criticar Bueno
Como de costume nas últimas semanas, a guerra travada entre direção do Grêmio e empresário Pablo Bueno continua. Nestor Hein, vice-jurídico do Grêmio, voltou a fazer duríssimas críticas em entrevista à Bandeirantes.
“A gente lamenta que uma pessoa que está começando sua carreira de empresário opte por esse comportamento”, disse, antes de acrescentar:
“Mesmo com a ação, nós continuaremos tratando bem o jogador. Apenas, ele está sendo orientado por uma pessoa que está cometendo atos transloucados”, concluiu.
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