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Federação Equatoriana ajusta orçamento e filho de lenda do futebol tem salário reduzido durante pandemia do coronavírus

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

Jordi Cruyff, filho do lendário Johan Cruyff, reduziu seu salário após pandemia de coronavírus no Equador

O coronavírus parou o mundo do futebol. A princípio, a Fifa havia determinado a suspensão de todos os campeonatos até meados de abril, mas com o avanço da Covid-19 tudo indica que o período de quarentena seja estendido. Porém, no Equador, os dirigentes estão tomando algumas medidas para ajustar as contas da Federação Equatoriana de Futebol (FEF).

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De acordo com a assessoria de imprensa da FEF, um pacotão de medidas será colocado em prática nos próximos dias a fim de evitar um colapso financeiro da entidade. O presidente Francisco Egas disponibilizou as instalações do centro de treinamentos da seleção. O local será utilizado para receber pessoas infectadas com o coronavírus. Além disso, ele determinou a redução salarial de funcionários, premiação de jogadores, suspensão de viagens.

Egas também autorizou os departamentos financeiros e jurídicos da entidade a revisar e até mesmo suspender todos os contratos. Dessa forma, os serviços de fornecedores que não são essenciais serão dispensados. Além disso, o dirigente garantiu que todas as dívidas serão refinanciadas para evitar problemas judiciais após a pandemia.

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“Qualquer iniciativa conjunta significa uma contribuição para salvar o nosso futebol. Além disso, toda e qualquer medida deve ser apoiada também para levar um pouco de esperança aos lares equatorianos. Considerando a situação atual do nosso país, estamos fazendo a nossa parte ao cortar custos”, revelou Francisco Egas.

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O corte engloba também o técnico da seleção principal do país, Jordi Cruyff, e toda sua comissão técnica. O filho do lendário jogador de Ajax e Barcelona, o holandês Johan Cruyff, aceitou reduzir em 70% seus vencimentos. O salário do treinador e de outros profissionais, antes da paralisação, era de US$ 4,8 milhões (R$ 24,9 milhões).

“Jordi (Cruyff) me procurou na última semana e se colocou à disposição para reduzir o salário. Ele sequer negociou o valor. Apenas disse para fazer o corte necessário para ajudar nas finanças da Federação Equatoriana de Futebol. O nosso departamento jurídico conversou e acertou tudo rapidamente. Ele é um exemplo a ser seguido por todos os treinadores e jogadores. O nosso treinador está trabalhando normalmente direto do hotel onde mora aqui em Quito. Ele me liga todos os dias pedindo informações sobre os jogadores, contato dos clubes e solicitando material de nossos adversários. O Jordi está muito emprenhado para nos classificar para o próximo mundial”, finalizou.

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Permanência de Jordi Cruyff divide dirigentes equatorianos

Contratado em janeiro deste ano, Jordi Cruyff, foi contratado com a missão de classificar o Equador para a Copa do Mundo do Qatar, em 2022. Ele tem contrato de três anos e faz parte da reformulação da seleção equatoriana promovida por Francisco Egas. Porém, Carlos Galarza, diretor de futebol da FEF, defende a suspensão do contrato do holandês durante a paralisação das atividades devido à pandemia de coronavírus.

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Em entrevista à “Rádio Caravana”, do Equador, Galarza disse que está buscando adesão de outros dirigentes para suspender temporariamente os vencimentos de toda a comissão técnica.

“Solicitei uma reunião com o presidente Francisco Egas para obter informações sobre os acordos assinados com o técnico Jordi Cruyff. No entanto, aguardo uma posição desde o começo do mês. Infelizmente não estou sendo atendido pelo presidente e nem por nenhum vice-presidente da FEF. Penso que devemos suspender os salários do gerente esportivo e de toda a comissão técnica enquanto durar a pandemia de coronavírus”, revelou o dirigente.

Por outro lado, o presidente Fernando Egas rebateu o dirigente ao afirmar que Carlos Galarza está querendo agitar o ambiente após a chegada de Jordi Cruyff.

“Este não é o momento do heroísmo através da imprensa. Ele, sem motivos, está querendo espalhar o medo e o ódio. Não há nenhum motivo para disseminar a discórdia nas redes sociais. O momento pede um plano bem consciente, que aborda não apenas os salários de uma ou duas pessoas na equipe nacional, mas envolve outras medidas emergenciais”, disparou.

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Quantos casos de coronavírus existem no Equador?

Atualmente, existem 1.966 casos positivos de COVID-19, enquanto o número de mortes aumentou para 62 pessoas. O Equador é o terceiro país sul-americano com mais diagnósticos de coronavírus, atrás apenas do Brasil e do Chile.

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