Relutante, presidente do Fluminense pede garantias, mas nenhuma reunião foi marcada para 2020; pandemia dificulta ainda mais o diálogo
O Fluminense precisa de uma casa alternativa ao Maracanã. Acumulando prejuízos nos últimos anos, principalmente em partidas de campeonatos estaduais, o clube vinha estudando a possibilidade da construção de um estádio próprio. O ex-mandatário, Peter Siemsen, chegou a dizer que havia um terreno definido para a construção de uma arena, ideia descartada pela gestão seguinte, de Pedro Abad, por falta de investimentos. Além disso, o terreno pantanoso encareceria a obra.
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Neste contexto, um grupo de sócios criou uma espécie de força-tarefa para desenvolver um projeto que visava a reforma das Laranjeiras. Por ser tombada, a sede do Fluminense oferece inúmeras dificuldades para que intervenções sejam feitas, já que nada pode ser alterado sem ser comunicado. Todas as ações vinham sendo estudadas nos últimos tempos juntos aos órgãos públicos, a fim de viabilizar a ideia de retomar os jogos de pequeno porte por lá, para até 13 mil pessoas.
O ex-mandatário tricolor, Pedro Abad, não era favorável à ideia, mas deu carta branca para que o grupo apresentasse um projeto que não onerasse o clube. Sendo assim, tiveram um documento liberava utilizar a utilização do nome do Fluminense para buscar investimentos até o dezembro de 2019. Entretanto, com a antecipação do pleito tricolor para o meio do ano passado, os integrantes por trás do objetivo de reforma da sede aguardaram pela nova administração. Daí, Mário Bittencourt se elegeu. Ele elaborou uma proposta de renovação da autorização com sua equipe, mas esta se esgotaria até o final da gestão Abad, no fim do ano passado.
Como não se imaginava que as eleições seriam antecipadas, o termo de compromisso esbarrou em alguns senões. Ele não foi oficializado para esta temporada, pois existem algumas cláusulas em análise. Desta forma, o grupo não pode procurar por investidores ou pedir novos estudos, já que não possui legitimidade oficial. Em paralelo, o presidente Mário Bittencourt pede garantias e um estudo de viabilidade, que não podem ser oferecidos, já que não há liberação para utilizarem o nome do Fluminense.
Para piorar a situação, um ex-membro do grupo do projeto de reforma das Laranjeiras, Ricardo Lafayette, entrou em rota de colisão com o presidente tricolor, ao denunciar a demora na marcação de reuniões. Irritado, Mário disse, em entrevista coletiva no início do ano, que não iria aceitar pressões por intermédio da imprensa. O balde de gelo foi sacramentado com o surto do coronavírus.
Procurados pela reportagem do “Torcedores.com”, membros do grupo de revitalização das Laranjeiras destacara que o foco, neste momento, é lutar contra o COVID-19. Eles ainda não sabem quais serão os próximos passos do projeto, tampouco se haverá alguma abertura de diálogo nos próximos meses. Já o Fluminense não se manifesta sobre o assunto por intermédio de sua assessoria de imprensa. O tema está totalmente nas mãos do mandatário Mário Bittencourt.
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