O lendário piloto brasileiro Ayrton Senna completaria 60 anos de idade neste sábado
Neste sábado (21), o ex-piloto Ayrton Senna, caso estivesse vivo, completaria 60 anos. Com isso, relembre algumas corridas inesquecíveis do maior piloto brasileiro de Fórmula 1 da história.
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GP da Europa 1993
Naquele ano, o brasileiro enfrentava, com uma McLaren equipada com motor Ford defasado, Alain Prost e sua Williams. A chuva, contudo, dava a chance de Senna mostrar sua qualidade. A performance de Donington Park surpreendeu a todos. Largando em quarto, Senna perdeu uma posição na largada após disputa com Schumacher. Na saída da primeira curva, já havia se livrado do alemão. Na terceira curva superou a Sauber de Wendlinger. Cinco curvas depois, a vítima foi Damon Hill. O próximo alvo era Prost. Senna colocou por dentro no hairpin e tomou a ponta. Naquela que é considerada uma das melhores voltas de um piloto na história, Senna pulou de quinto a primeiro, sob chuva.
Com a pista molhada, Senna abriu sete segundos em quatro voltas. Porém, o asfalto começou a secar. Senna parou uma volta antes de Prost para colocar slicks e seguiu na ponta da corrida. Mas a chuva voltou e o francês trocou novamente os pneus três voltas depois. Senna aguentou seis voltas mais e, mesmo assim, não perdeu a liderança depois de fazer sua parada. A chuva voltou a cessar com 33 voltas completadas, e todos trocaram novamente seus pneus, porém, Senna teve um problema na parada e perdeu 20 segundos e a liderança. Não demorou cinco giros para que a água voltasse a cair e Prost regressasse aos boxes. Senna seguiu na pista e a pista começou a secar. A ponta estava recuperada. O brasileiro chegou a dar uma volta no rival quando o francês teve um problema em sua quinta parada do dia.
GP de Mônaco 1984
Era a sexta corrida de Ayrton Senna na Fórmula 1, a bordo da Toleman, uma equipe com pouco dinheiro, mas bons profissionais que estavam despontando na categoria na época, como Pat Symonds (campeão com Schumacher e Alonso nas décadas seguintes) e Rory Byrne (projetista por trás do penta da Ferrari nos anos 2000). Na classificação, Senna foi o 13º e viu o então líder do campeonato, Alain Prost, fazer a pole. No domingo, choveu continuamente no principado e a largada chegou a ser atrasada em 45min. Na primeira volta, Prost manteve a ponta, com Mansell em segundo. Senna pulou para 9º. Na volta 11, Mansell passou Prost, Senna já era 6º.
Cinco voltas depois, Mansell perdeu o controle de sua Lotus e ficou pelo caminho, Senna passou Rosberg e Arnoux e estava chegando em Lauda, em terceiro. Logo depois, o brasileiro superou o austríaco e estava encostando no líder Prost. Em nove voltas, Senna tirou 10s de Prost, que começou a acenar ao diretor de prova para que encerrasse a corrida.
GP do Japão 1988
Senna começou aquela que seria a corrida de seu primeiro título mundial, como fez em todas a não ser três etapas daquele ano. O brasileiro tinha seu único rival em uma temporada dominante da McLaren, Alain Prost, ao seu lado. O motor de Senna, contudo, morreu na largada e suas chances de título pareciam ter evaporado: o piloto caiu para 14º.
Mas Senna foi abrindo caminho e também contou com uma leve chuva para dispensar seus adversários um a um. Na ponta, Prost não tinha vida fácil e chegou a ser pressionado pela March de Ivan Capelli. Além disso, um problema no câmbio, que travava em determinados momentos, atrapalhava o francês. Lidando melhor com o tráfego, Senna passou o companheiro pela linha de dentro da reta dos boxes, mesmo na sujeira. No final, comemorando o título, Ayrton classificou o GP do Japão como seu melhor até então.
GP do Brasil 1991
No GP do Brasil de 1991, Ayrton Senna já tinha dois títulos e 27 vitórias na carreira. Mas lhe faltava uma conquista em casa. E ela veio de forma histórica. Largando da pole, Senna vinha na ponta, à frente das Williams de Mansell e Patrese. O inglês chegou a pressionar o brasileiro, mas teve uma parada ruim e perdeu contato. Mansell chegou a se recuperar, mas teve um pneu furado e, voltas depois, um problema de câmbio, e abandonou.
A diferença entre Ayrton e Patrese chegou a ser de 40s mas, com sete voltas para o final, o câmbio da McLaren de Senna também começou a falhar e o brasileiro foi perdendo as marchas, ficando apenas com a sexta. Para piorar a situação, começou a chover com duas voltas para o final – e não havia tempo para trocar os pneus de seco. Também com problemas no câmbio, Patrese chegou a apenas 3s do brasileiro, em um final emocionante. Esgotado fisicamente, o piloto precisou de ajuda para sair do carro e, ovacionado pela torcida, só conseguiu levantar o troféu com uma das mãos, em uma das imagens mais icônicas de sua carreira.
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