Dirigente acredita em Rafaela Silva disputando Olimpíadas de Tóquio, mas revela plano B
Judoca brasileira pega no exame antidoping tem participação ameaçada nas Olimpíadas, mas dirigente acredita em sua participação
Judoca brasileira pega no exame antidoping tem participação ameaçada nas Olimpíadas, mas dirigente acredita em sua participação
A primeira atleta da história do judô brasileiro, entre homens e mulheres, a ser campeã olímpica e mundial, em agosto do ano passado, durante os jogos do Pan Americano de Lima, Rafaela Silva recebeu suspenção de dois anos por ser pega no exame antidoping, o teste realizado que deu positivo foi para fenoterol (utilizado para tratamento de doenças respiratórias), na época a judoca havia conquistado a medalha de ouro no Pan de Lima, com o resultado positivo acabou perdendo a medalha.
Rafaela em 2013 tornou-se a primeira brasileira a se sagrar campeã mundial de Judô, três anos depois, em agosto de 2016, conquistou a medalha de ouro da categoria até 57kg nas Olimpíadas Rio 2016.
Em entrevista, o gestor de alto rendimento da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Ney Wilson, diz acreditar que a punição seja revista, mas também admite ter um plano B: “ Temos convicção de que foi bem injusta [a forma como Rafaela foi punida]. Parece que, como é uma atleta medalhista, sempre é um grande exemplo de punição. Porém, dois anos é exagero. Não quer dizer que ela não deva ser punida, pois o atleta tem responsabilidade sobre tudo aquilo que coloca para dentro do corpo dele, mesmo que não seja intencional. Acredito que possam rever isso, que ela tenha suspensão, mas que permita disputar os Jogos”.
O plano B do dirigente seria, a segunda melhor brasileira na categoria é Ketelyn Nascimento, de 21 anos e 40ª do mundo, cerca de mil pontos atrás da chinesa Tongjuan Lu, que hoje é dona da última vaga olímpica direta na categoria. Ela será uma das representantes do país no Grand Slam de Ecaterimburgo (Rússia), que acontece entre os dias 13 e 15 de março e que dá, justamente, mil pontos à campeã. Caso Ketelyn consiga a medalha de ouro na competição que será nos próximos dias, estará bem perto de Tóquio. Outra possibilidade é por meio de uma cota continental, uma “repescagem” para 100 atletas fora da classificação direta. A participação de Rafaela Silva em Tóquio depende de julgamento na Corte Arbitral do Esporte (CAS), que ainda não foi marcado.