Apontado como candidato à presidência do São Paulo, Julio Casares ainda criticou o fato de conselheiros exercerem funções remuneradas
Rogério Ceni vive uma grande fase sob o comando do Fortaleza, mas seu início de carreira como técnico, no São Paulo, não foi dos melhores e durou cerca de meia temporada no clube em que é ídolo por tudo o que fez dentro das quatro linhas. Durante participação no programa ‘Mesa Redonda’, da TV Gazeta, neste domingo (01), Julio Casares, conselheiro do time do Morumbi, falou sobre a passagem “precoce” do ex-camisa 1 como técnico.
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“Houve uma dupla precipitação: do Rogério em iniciar a carreira (no São Paulo) e do São Paulo em contratar o Rogério naquele momento. Ele poderia ter feito um caminho como ele está fazendo agora no Fortaleza, como o Muricy fez sendo auxiliar do Telê. É um grande ídolo, um cara que entende de futebol, que tem um futuro promissor, é são-paulino, mas naquele momento era uma pressão muito grande”, avaliou.
Apesar disso, Casares vê as portas abertas para um retorno de Ceni no futuro. “Um clube que tem necessidade financeira e de ganhar títulos não é uma equação fácil. Todo mundo vai ser cobrado, pode até ser um ídolo. Então, naquele momento acho que foi prematuro para as duas partes. Mas ele é um cara que está fazendo um bom trabalho, está indo bem e, quem sabe, pode até voltar um dia”, completou.
Durante o programa, Julio Casares, que é apontado como possível candidato ao cargo de presidente do São Paulo, também falou sobre assuntos relacionados a política do clube e criticou o fato de conselheiros exercerem funções remuneradas. “O São Paulo tem que ter gestão baseada em meritocracia, compliance e governança”.
“Não podemos nunca mais ter conselheiro remunerado, é antiético. O conselheiro é um abnegado e pode ajudar, como sempre ajudou na história do São Paulo. Mas remunerado tem que ser o profissional de notória experiência. É uma página que estamos virando. Esse grupo é grande e mais à frente vai decidir os nomes para presidente do Conselho Deliberativo e diretoria”, acrescentou.
Casares ainda despistou ao ser questionado sobre sua candidatura à presidência. “Fico feliz por ser lembrado por vários grupos. Mais importante que o nome (do candidato) é ter programa de gestão. Reunimos 142 conselheiros que querem mudanças de gestão. Se é meu nome ou outro, vamos falar lá na frente. Agora é prematuro falar em candidatura. Não é prioridade, tenho a vida encaminhada, mas é uma vontade coletiva e pode acontecer”, completou.
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