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Clubes belgas aplicam desemprego temporário devido à pandemia de coronavírus; proposta pode se estender pelo resto da Europa

Jogadores e treinadores aceitam pedido dos dirigentes durante o período do coronavírus

Por Wilson Pimentel em 24/03/2020 11:08 - Atualizado há 3 anos

Divulgação /Anderlecht

Jogadores e treinadores aceitam pedido dos dirigentes durante o período do coronavírus

O presidente da Real Associação Belga de Futebol, Mehdi Bayat, anunciou nesta terça-feira as primeiras medidas para evitar um colapso financeiro no futebol belga. Os clubes da primeira divisão irão aplicar o desemprego temporário. Com isso, a decisão afeta diretamente aos jogadores, treinadores e dirigentes devido ao impacto econômico durante a pandemia de coronavírus. Afinal,  a COVID-19 obrigou a suspensão a suspensão do Campeonato Belga.

De acordo com Mehdi Bayat, a medida é temporária e segue uma determinação do governo belga que impôs uma série de restrições econômicas durante o período de quarentena. Logo depois a oficialização da determinação, o Anderlecht, um dos clubes mais populares do país, foi o primeiro a colocar em prática as ações. O clube anunciou a demissão temporária do auxiliar-técnico Pär Zetteberg. O sueco, que pendurou as chuteiras há oito anos, atuou 15 temporadas com a camisa do Anderlecht.

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O CEO do Anderlecht, Karel Van Eetvelt, revelou posteriormente que todos abriram mão de receber o salário de março. Dessa forma, o clube irá economizar cerca de dois milhões de euros (R$ 10,9 milhões) durante o período de paralisação do futebol europeu por causa da pandemia de coronavírus.

“Fico muito orgulhoso por ver que há solidariedade da parte deles e que compreendem a urgência desta situação”, disse o CEO ao jornal belga “Sporza”.

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Após Pär Zetteberg, o Anderlecht também recebeu o apoio do astro Vincent Kompany. O ex-zagueiro do Manchester City também aceitou se sacrificar para ajudar o clube.

“O papel de Kompany é crucial, porque pode falar diretamente aos jogadores, fazendo a ponte com a administração”, finalizou.

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O Campeonato Belga está suspenso até 1 de maio devido à pandemia de coronavírus. O Anderlecht está na sétima colocação com 43 pontos, 27 a menos que o líder Club Brugge. A Covid-19, já infectou mais de 2.800 pessoas na Bélgica, das quais 67 morreram.

Medida pode se estender por outros países da Europa

Além dos principais clubes da Bélgica, os dirigentes que comandam equipes da segunda e terceira divisões também serão obrigados a adotar o desemprego temporário. Afinal, a medida pode salvar os times, que contam somente com o apoio da Real Associação Belga de Futebol, da falência. Além disso, o corte salarial também pode se estender para outros países da Europa.

Na França, só para exemplificar, o Amiens, Montpellier e o Nimes estão decididos a fazer cortes financeiros. O Lyon, que tem Juninho Pernambucano como diretor esportivo, negocia uma redução parcial de 85% nos salários de jogadores e treinadores. Por outro lado, o Paris Saint-Germain, clube dos brasileiros Marquinhos, Thiago Silva e Neymar, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Na Suíça, o Sion rescindiu o contrato de nove jogadores que se recusarem a proposta de desemprego parcial imposta Na Espanha, a imprensa informou que o Barcelona também está estudando a melhor forma de reduzir os salários dos jogadores e da equipe técnica.

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