Home Futebol Cicinho admite que bebia 10 caixas de cerveja por dia, mas revela: “Não tinha mais prazer em entrar em campo”

Cicinho admite que bebia 10 caixas de cerveja por dia, mas revela: “Não tinha mais prazer em entrar em campo”

Rafael Alves
Jornalista formado em 2022 pela Universidade Cruzeiro do Sul. Produtor de conteúdo para internet desde 2017, iniciou no Torcedores em 2018 e cobriu uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas. Atua também nas áreas de Fórmula 1 e Valorant.

Jogador ressaltou que percebeu o drama com o alcoolismo quando perdeu a vontade jogar futebol na época do futebol italiano, quando atuava pela Roma

O problema com o álcool prejudicou a carreira do lateral-direito Cicinho. Em depoimento dado ao Estadão nesta segunda-feira (9), o ex-jogador de São Paulo, Roma e seleção brasileira falou sobre como o alcoolismo fez com que perdesse o prazer de jogar futebol quando estava na Europa.

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“Percebi que estava exagerando quando perdi o prazer de realizar meu trabalho, de jogar futebol. Sempre fui apaixonado por futebol. Quando Deus dá um dom e a gente não sabe administrar, é porque tem algo errado. Não tinha mais prazer em entrar em campo, treinar e concentrar. Eu tinha 30 anos e estava jogando na Roma, em 2010”, disse Cicinho.

O ex-jogador também destacou como conseguiu fugir desse drama do vício. “Então conheci minha mulher por intermédio de amigos e vi algo diferente. Estava acostumado a viver no meio de pessoas oferecidas. Quando você é atleta profissional bem sucedido, as coisas se tornam mais fáceis. Quando tive o primeiro encontro com minha mulher, notei algo diferente em mim e nela. Ela não dava moral para o meu status, era mais reservada. Vi que era pelo que sou e não pelo que tenho. Ela viu algo que nem eu sabia que tinha. Me despertou conhecer os princípios que ela tinha que eram voltados para a palavra de Deus, e foi assim que tive minha transformação”, contou.

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Cicinho começou a beber ainda na adolescência, “com 13 para 14 anos, quando fui para o Botafogo de Ribeirão Preto”. “Falaram que cerveja era legal, e eu tomei. Tudo começou com o primeiro gole e fui parar com 30 anos. Quase 20 anos bebendo. Até ir para o Atlético-MG era só cerveja, porque não tinha dinheiro. Depois que comecei a ter dinheiro, passei a beber de tudo. E cigarro eu fumei por 11 anos, de 1999 a 2010. Eu só fumava quando bebia, mas bebia, hein?! Todo dia. É engraçado que quando parei de beber e fumar, abria a lareira, que na Europa tem muito por causa do frio, caía maço de cigarro que estava escondido. Era doideira”, afirmou o ex-jogador.

“Eu bebia mais ou menos dez caixas de cerveja por dia, e no outro dia eu parei de beber completamente. Foi um prazer tão intenso que não tem como explicar. A melhor explicação é olhar o Cicinho de oito anos atrás e o Cicinho de hoje. Minha conduta fala mais do que palavras. Quando a gente tem um encontro com Deus, com a fé que tenho, não existe etapas. Foi da noite para o dia”, destacou Cicinho.

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