Segundo Michelle, entidade não quer “espremer” as disputas dos estaduais
Em meio à pandemia do coronavírus, o calendário do futebol brasileiro segue como uma incógnita. No último fim de semana, a CBF anunciou a suspensão de todas as competições organizadas por ela, e deixou nas mãos das federações a tomada de decisão de paralisar ou não os estaduais, que em sua maioria seguiram a linha da entidade máxima e suspenderam atividades. Diante disso, muitas questões começam a ser levantadas acerca do pontapé inicial de todas as divisões do Brasileirão, previstas para a primeira semana de maio.
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De acordo com a presidente de Federação Paraibana de Futebol (FPF), Michelle Ramalho, a CBF tem planos de mudar a fórmula dos certames caso o cenário do coronavírus se acentue nos próximos dias. A mandatária esteve presente em uma reunião com o comandante da entidade, Rogério Caboclo, e presidentes de outras federações, neste início de semana.
“Rogério Caboclo vai convocar um novo arbitral e vai mudar o formato. Vai ter um novo formato, caso essa onda do vírus venha a se alargar. Com certeza alguém vai ter que espremer seu campeonato. E antes eles (o Brasileirão) do que os estaduais. Desde já o presidente está de parabéns. Muitos achavam que era intenção da CBF espremer os estaduais ou até mesmo, como temos visto pela imprensa, as fake news afirmando que iria se repetir o resultado do ano passado. Eu já nego essa afirmação. Escutei da boca do presidente”, disse Michelle.
Segundo ela, o intuito da CBF é promover disputas mais enxutas dos certames nacionais justamente para não comprometer o término dos estaduais.
“Pode ter certeza que ainda vamos ter futebol neste ano. O presidente se propôs a diminuir as datas do Brasileiro para dar oportunidade a todos os estaduais. Vamos terminar os estaduais, independentemente de qualquer coisa. Agora o tempo vai depender realmente da situação do Brasil diante desse vírus.”
Michelle ainda se mostrou preocupada com a paralisação dos estaduais, principalmente pelos problemas que isso pode acarretar nos próximos dias.
“Não são apenas os clubes prejudicados. São as federações, os jogadores, as famílias, os ambulantes. É uma situação muito difícil. Estamos muito preocupados com os clubes. O Governo tem um incentivo ao esporte, e vamos tentar deliberar com o governador (João Azevêdo) para tentar ver se pode ajudar os clubes neste momento tão difícil. São várias as famílias que agora se encontram praticamente desempregadas” – finalizou a presidente da entidade paraibana de futebol.