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O caso O.J. Simpson: de astro do esporte mundial a criminoso

Por Jonatas Pacheco em 27/03/2020 13:03 - Atualizado há 3 anos

Reprodução/Documentário ABC

Um dos maiores astros do futebol americano, ex-jogador foi acusado de assassinar ex-esposa, Nicole Brown, e amigo, Ron Goldman

Nascido no dia 9 de julho de 1947 em San Francisco, na Califórnia, Orenthal James Simpson, mais conhecido como O.J. Simpson, foi um dos grandes astros do futebol americano. O ex-running back transcedeu o âmbito esportivo e se tornou uma estrela nos Estados Unidos, ao atuar em comerciais e filmes.

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Mas, apesar de ter construído uma carreira bem sucedida nos campos e na televisão, a história de O.J. Simpson se tornou mais conhecida por sua ficha criminal. O astro foi acusado pelo assassinato da ex-esposa, Nicole Brown Simpson, e um amigo dela, Ron Goldman, e outros crimes.

O nascimento de uma estrela do futebol americano

Créditos: Divulgação/USC

A história de O.J. Simpson no futebol americano começa na sua cidade natal. Aluno do colégio Galileo, chamou atenção de observadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) jogando futebol americano, para onde foi recrutado em 1967.

E o impacto no futebol americano universitário foi imediato. Já no primeiro ano, O.J. Simpson somou 1.543 jardas terrestres e 13 touchdowns, ajudando USC a se tornar campeã nacional. No último jogo da temporada, contra a Universidade da Califórnia (UCLA), O.J. anotou um touchdown de 64 jardas para virar a partida para 21 a 20, em uma jogada que é considerada uma das maiores de todos os tempos do futebol americano universitário.

Em 1968, os números foram ainda melhores. O.J. Simpson correu para 1.880 jardas e anotou 23 touchdowns, recebendo o Heisman Trophy, prêmio dado ao melhor jogador da temporada.

A carreira na NFL

Créditos: Reprodução/NFL Films

A passagem de O.J. Simpson no futebol americano universitário fez com que ele fosse o calouro mais cobiçado no draft da NFL em 1969, sendo selecionado pelo Buffalo Bills na primeira escolha geral.

Apesar da grande expectativa que o cercava, o início do astro na NFL não foi o que todos imaginavam. Após 22 anos, o running back trocava o clima tropical da Califórnia para o frio de Buffalo, o que o incomodou e dificultou a adaptação no futebol profissional.

A história de O.J. na NFL começa a mudar em 1972. Daquele ano em diante, o que se viu foi o mesmo jogador que encantou os Estados Unidos quando atuava pela USC. Em 1973, O.J. Simpson se tornou o primeiro jogador a atingir as 2.000 jardas terrestres na história da liga, conquistando também os prêmios de MVP e melhor jogador ofensivo da temporada.

Apesar de não ter conquistado um título pelo Buffalo Bills, O.J. Simpson teve uma carreira de sucesso na equipe. Em nove temporadas, foi selecionado seis vezes para o Pro Bowl, esteve cinco vezes no time ideal da NFL, foi líder em jardas terrestres em quatro anos e em touchdowns anotados em dois.

O.J. Simpson ainda atuou pelo San Francisco 49ers por dois anos, mas sem o sucesso de antes, e acabou encerrando a carreira em 1979.

O tempo na NFL rendeu diversas premiações para O.J. Ele foi eleito para o time da década de 70 e também selecionado para o time de todos os tempos nos aniversários de 75 e 100 anos da liga, além de ter sido indicado para o Hall da Fama do esporte em 1985.

A estrela O.J. Simpson fora dos gramados

Créditos: Reprodução/Corra que a Polícia Vem Aí

O.J. Simpson sempre foi fascinado pelo show business de Hollywood, que fica em Los Angeles, mesmo estado em que nasceu. Além de ser jogador de futebol americano, o sonho dele era se tornar uma estrela do cinema e fazer parte do mundo glamouroso hollywoodiano.

A carreira de O.J. Simpson como ator começou ainda durante o período de NFL. O ex-jogador fez comerciais de televisão, como para a locadora de veículos Hertz, e também participou de séries de TV, como “Here’s Lucy” e “Roots”, e filmes, como “The Klansman” e “A Torre do Inferno”.

Mas foi após pendurar as chuteiras que O.J. Simpson realmente se dedicou às telinhas. A principal participação nos cinemas foi na trilogia de “Corra que a Polícia Vem Aí!”.

“The Juice”, apelido que ganhou ainda na NFL, também se tornou comentarista de futebol americano na ABC, onde participava das rodadas de Monday Night Football.

O assassinato de Nicole Brown Simpson e Ron Goldman

Crédito: Reprodução/ABC

O.J. Simpson e Nicole Brown se conheceram em 1977, em uma casa noturna, onde ela trabalhava como garçonete. Os dois começaram um relacionamento na época, mesmo que O.J. ainda estivesse casado com sua primeira esposa, Marguerite Whitley, com quem teve três filhos.

Após se separar de Marguerite em 1979, Simpson continuou o relacionamento com Nicole, e os dois se casaram em 1985. Juntos, tiveram dois filhos e eram vistos como um casal perfeito pelos amigos e fãs. Mas a relação estava longe da perfeição.

O casamento durou até 1992, quando os dois decidiram se divorciar. O principal motivo foi a violência com que O.J. tratava Nicole, chegando até a agredir fisicamente a ex-esposa. Eles ainda tentaram se reconciliar em 1993, mas sem sucesso.

Um episódio marcante aconteceu quando os dois já estavam separados. O.J. Simpson perseguia Nicole e invadiu a casa dela para tentar agredí-la, mas ela conseguiu se proteger e chamar a polícia.

No dia 12 de junho de 1994, Nicole Brown e seu amigo Ron Goldman foram encontrados mortos na casa de Nicole, em Los Angeles, com ferimentos causados por uma faca.

No mesmo dia do assassinato, O.J. Simpson viajou para Chicago, para jogar golfe com representantes de patrocinadores. Após ter sido notificado da morte de Nicole pela polícia, ele voltou para Los Angeles, onde prestou depoimento e foi liberado.

Cinco dias após o crime, O.J. Simpson foi acusado pelas mortes de Nicole e Ron. Uma das principais provas contra ele foi uma luva com sangue encontrada em seu quintal. Peritos também encontraram marcas de sangue em seu veículo.

Perseguição e julgamento

Crédito: Reprodução/CNN

Mesmo sendo acusado pelo assassinato de Nicole e Ron, O.J. Simpson não se entregou e iniciou uma das maiores perseguições da história dos Estados Unidos, no dia 17 de junho. O.J. entrou em um carro SUV branco, dirigido por Al Cowlings, um amigo de longa data, e foi perseguido por policiais. Com uma arma, O.J. ameaçava tirar a própria vida.

A perseguição foi acompanhada por diversas emissoras de televisão dos Estados Unidos, que interromperam as transmissões da abertura da Copa do Mundo de 1994 e do jogo 5 das finais da NBA. Estima-se que 95 milhões assistiram o episódio, que acabou na prisão do astro.

O.J. Simpson foi a julgamento no dia 3 de outubro de 1995. Ao todo, 100 mil pessoas acompanharam na televisão ou no rádio o “Julgamento do Século”, como ficou conhecido. Surpreendentemente, O.J. foi considerado inocente.

A importância de Robert Kardashian

Créditos: Getty Images

As Kardashians são conhecidos mundialmente, e um membro da família teve um papel importante no caso O.J. Simpson.

Robert Kardashian, que é pai de Kourtney, Kim, Khloé e Rob, conheceu O.J. Simpson em 1967, quando ambos estavam na USC, e se tornaram grandes amigos. O.J., inclusive, foi padrinho de casamento de Robert e Kris Jenner, em 1978.

No dia em que retornou de Chicago, O.J. foi visto com Robert, que carregava uma bolsa do amigo. Os promotores especularam que nessa bolsa poderiam estar roupas ensanguentadas e a arma do crime.

Na véspera da acusação e perseguição, Simpson foi para a casa de Robert, onde se reuniu com a equipe de advogados e foi atendidos por médicos.

No dia 17, após O.J. não se entregar e decidir fugir, Robert leu para a imprensa uma carta deixada por Simpson para o público. A mensagem foi interpretada como uma nota de suicídio.

Além de ser amigo de O.J., Robert Kardashian também fez parte da equipe de advogados que defendeu o ex-jogador. O grupo, composto por Robert Shapiro, Sara Caplan, Johnnie Cochran, Carl Douglas, Shawn Chapman, Gerald Uelmen, Alan Dershowitz, F. Lee Bailey, Barry Scheck, Peter Neufeld, Robert Blasier e William Thompson, além de Robert, ficou conhecido como “Dream Team”.

O fato de ser um dos advogados de defesa, fez com que Robert Kardashian não pudesse ser convocado como uma testemunha do caso, o que acabou contribuindo no julgamento final.

Em entrevista à ABC, em 1996, Robert disse que não tinha certeza absoluta da inocência de O.J., devido às provas expostas e o comportamento do mesmo enquanto esteve na sua casa. Pouco tempo depois, ambos não se falaram mais.

O envolvimento no caso, como amigo e advogado de O.J. Simpson, ajudou Robert Kardashian a se tornar um grande empresário nos Estados Unidos. Em julho de 2003, ele acabou sendo diagnosticado com um câncer no esôfago e faleceu dois meses depois, aos 59 anos.

O.J. Simpson volta ao banco de réus

Créditos: Reprodução/ABC

A história de O.J. Simpson com a justiça dos Estados Unidos não terminou após o julgamento do assassinato de Nicole e Ron. No dia 4 de outubro de 2008, o ex-jogador foi condenado a 33 anos de prisão pela prática de diversos crimes, como roubo à mão armada, sequestro e associação criminosa.

Nove anos depois, O.J. conseguiu liberdade condicional e foi solto no dia 1º de outubro de 2017. Desde então, vive em liberdade.

Obras sobre o caso O.J. Simpson

Crédito: Divulgação

Como um dos maiores casos criminais envolvendo celebridades dos Estados Unidos, o caso O.J. Simpson se tornou produção televisiva.

“O.J.: Made in America” é filme documental, dividida em cinco episódios, que foi lançada em 2016 para o 30 for 30, da ESPN Films. A obra conta a história de O.J. Simpson como jogador e também sobre o assassinato de Nicole Brown e Ron Goldman. Ganhou o Oscar de melhor documentário em longa-metragem de 2017.

Já “The People v. O. J. Simpson: American Crime Story” é a primeira temporada de uma série ficcional da FX. Estrelada por Cuba Gooding Jr., que interpreta O.J. Simpson, também foi lançada em 2016.

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