Respeitando prazos apesar do locaute generalizado, Flamengo divulga demonstrações financeiras de 2019 e se diz tranquilo com relação aos desafios trazidos pelo coronavírus
Em tempos de suspensão esportiva indefinida e completa incerteza futura, saiu o balanço relativo ao exercício 2019 do Flamengo. Com toda segurança, pode se dizer que foi a principal peça desta natureza já publicada por um clube de futebol no Brasil. Apesar de se referir ao ano que passou, o documento não deixou de olhar para frente, detalhando aquisições realizadas durante a temporada de 2020 e passando um recado tranquilizador acerca do impacto da pandemia do coronavírus sobre as finanças do clube. A seguir, breves destaques.
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A receita bruta de 2019 já havia sido divulgada em R$ 950 milhões. Mas o balanço detalha a melhoria apresentada pela maior parte das contas. O novo formato do televisionamento levou ao reagrupamento de algumas delas, na forma de “direitos de transmissão fixos”, “participação e performance”, “serviços on demand”, etc.
A Tragédia do Ninho gerou uma provisão para contingências na ordem de R$ 67 milhões – mais que o dobro do valor provisionado para 2018, antes de um evento deste vulto acontecer. Uma pequena fração disto já foi convertida em depósitos judiciais.
Praticamente todas as vendas de jogadores realizadas e contabilizadas em 2019 tinham parcelas a serem pagas em 2020 – algumas já feitas, que servem como colchão para este momento de instabilidade financeira. Outras ainda viriam a acontecer e podem se tornar dores de cabeça.
A renda líquida dos jogos explodiu, saindo de R$ 6,3 milhões para R$ 48,5 milhões. Em termos absolutos, destaque para os R$ 26,6 milhões líquidos no Brasileirão. Infelizmente não é dito a parcela que coube ao Flamengo na bilheteria da final da Libertadores em Lima.
Salários, encargos e direitos de imagem totalizaram R$ 325 milhões, algo próximo de R$ 25 milhões mensais. Como o elenco se qualificou para 2020, pode se dizer que o número caminharia para R$ 400 milhões no ano – na faixa de R$ 30 milhões mensais.
Os atletas adquiridos na temporada 2020 foram contabilizados na peça como “eventos subsequentes”. Gabigol saiu por R$ 76,6 milhões, Michael por R$ 33,9 milhões e Léo Pereira por R$ 30,1 milhões.
Por fim, uma tranquilizadora mensagem acerca da pandemia do coronavírus. O Flamengo projetou uma interrupção de jogos por até 3 meses e avaliou que este cenário teria impactos financeiros absorvíveis e que não representariam risco à continuidade de suas operações.
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